O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não deixou por menos após sofrer ataques verbais neste domingo (29), no prédio em que mora, no bairro Sudoeste, em Brasília.
Um morador xingou Dino de “ladrão” e ofendeu os seguranças que o acompanhavam. Todos foram chamados de “cachorros do Dino”.
O bolsonarista ainda disse que o ministro não tinha o direito de circular pelo prédio em que ele mora.
Ocorrência
Dino registrou uma ocorrência na 3ª Delegacia de Polícia, no Cruzeiro, que passou a investigar o caso como desacato.
De acordo com a coluna Na Mira, do Metrópoles, equipes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tentaram intimar o autor dos xingamentos ainda neste domingo, mas ele não foi localizado.
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A polícia pretende ouvir o morador do prédio nesta segunda-feira (30). O bolsonarista vai responder por desacato, assinar um Termo Circunstanciado — relacionado a crimes de menor potencial ofensivo — e deverá ser liberado em seguida.
PSB quer endurecer regras sobre armas no Brasil
A bancada do PSB apresentou na Câmara dos Deputados um projeto de lei que altera o Estatuto do Desarmamento. Segundo a proposta, os caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) devem informar à Polícia Federal (PF) sobre roubo, furto ou extravio de arma de fogo, em até 24h. Caso contrário, podem responder por omissão de cautela.
A omissão de cautela é quando não se adotam as medidas necessárias para o armamento não parar nas mãos de menores de 18 anos ou pessoas com deficiências mentais. A pena é detenção de um a dois anos e cobrança de multa.
“O número de armas furtadas, roubadas, extraviadas ou perdidas pertencentes a CACs aumentou 35,9% em 2021 em relação ao ano anterior”, dizem os parlamentares.
O projeto tramita na Câmara e deve passar pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e pela CCJ.
PSB e a Segurança Pública
De acordo com o Programa e Manifesto do PSB, na Segurança Pública é necessário identificar que, no cenário político mais amplo “há claras dificuldades em se conjugar a realidade social com medidas preventivas e repressivas e acabar com o falso antagonismo entre segurança pública e direitos humanos”.
Desta forma, o partido se opõe “fortemente às políticas armamentistas que visam a facilitar o acesso a armas de fogo para a população civil, considerando que, numa democracia, o monopólio da violência é prerrogativa exclusiva do Estado Democrático de Direito”, consta no documento socialista.
Durante debate sobre o novo governo, a diretora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Isabel Seixas de Figueiredo, se reuniu com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, pois segunda ela, possivelmente é o que possui “maior experiência acumulada em gestão de Segurança Publica no Brasil”.
Isabel prossegue afirmando que o PSB pode fazer a diferença na Segurança Pública porque tem “experiência acumulada, um importante legado que pode ser muito importante para uma visão estratégica da Segurança Pública”, afirmou. A especialista se refere às experiências de gestão que se iniciaram com o Pacto pela Vida em Pernambuco quando Eduardo Campos era governador daquele estado.