O candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, explicou ao jornalista Edimilson Ávila, do G1, sua mudanças de posição em relação à legalização das drogas. O socialista foi o segundo entrevistado da série para o podcast Desenrola, Rio.
O candidato afirmou que hoje é contrário à legalização das drogas e defendeu que o debate pode dividir ainda mais a sociedade brasileira e fluminense, o que seria prejudicial para o momento que o país atravessa.
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“Eu mudei de opinião a partir de escutar a sociedade. É um momento muito sério o que vivemos. Eu não posso concordar com nada que dívida ainda mais a sociedade brasileira. Hoje tem pai que não fala com filho, irmão que não fala com irmão. Qualquer assunto que nos remeta a dividir ainda mais a sociedade, eu não sou favorável nesse momento. O momento é de diálogo”, afirmou Freixo.
Segundo o socialista a mudança de postura se deu porque ele acredita que a legalização das drogas hoje provocaria “uma impossibilidade de diálogo na sociedade em um momento que a gente tem que superar tanta coisa. Eu não acho que seja um defeito você mudar de opinião. É necessário você saber ouvir as pessoas”, enfatizou.
Freixo destacou que mudar de opinião sobre a legalização das drogas não significa que ele seja a favor da chamada ‘guerra às drogas’.
“O que não quer dizer que eu seja favorável a guerra, a morte a letalidade. Muito pelo contrário. Sou contra. Agora, eu não posso ser favorável a uma legalização que vai nesse momento dividir a sociedade e que não é papel do governador”, disse.
O candidato também lembrou que não é apenas a legalização das drogas que poderia levar a uma redução da letalidade policial.
“A minha política de segurança vai ser pelo número de pessoas vivas. O estudo (sobre a legalização) dizia (para legalizar), mas não é a única coisa que vai reduzir a letalidade. Se a gente tem uma polícia treinada e as operações controladas, se você tem um projeto de investimento na polícia, na qualidade da polícia, você reduz letalidade. Você tem vários caminhos para reduzir a letalidade”, explicou.
Ainda sobre segurança público, o candidato do PSB destacou que se for eleito irá aumentar o número de policiais civis e investir no serviço de inteligência das forças de segurança.