O PSB concentra o terceiro maior quantitativo de candidaturas LGBTQIA+ do Brasil, segundo a pesquisa divulgada pela organização VoteLGBT. De 214 candidatas e candidatos autodeclaradas como LGBTQIA+, a legenda socialista lançou 23.
O levantamento também aponta recorde nos registros de candidaturas LGBT+ em 2022 no País.
Dos 32 partidos existentes no Brasil, os pesquisadores identificaram candidaturas LGBT+ em 20. São 85% que se declaram de esquerda, 12% de centro e quase 2% de direita.
Em ranking, o PSB fica atrás apenas do PSOL, com 81 candidaturas, e o PT, com 49. As outras 16 legendas que registraram candidaturas LGBT+ têm números muito mais baixos: Rede Sustentabilidade (7); MDB (7); PCdoB (6); PCB (5); Cidadania (4); PSDB (3); PV (2); Unidade Popular (2). Registraram apenas uma candidatura Novo, PMB, Podemos, PROS, PSC, Solidariedade e União Brasil.
Perfil das candidaturas
São 175 candidaturas individuais, 81,8% do total. Outras 39 candidaturas são coletivas (18,2%), em que mais de um político compõe o mesmo mandato. A maioria das candidaturas está na Região Sudeste, com 81, seguida de Nordeste (55), Sul (36), Centro-Oeste (30) e Norte (12).
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São Paulo é o estado com o maior número de registros no Brasil (41), à frente de Minas Gerais (22) e Santa Catarina (16). Todos os estados e o Distrito Federal registraram pelo menos uma candidatura LGBT+.
São 121 candidatos a deputados estaduais, 81 a federais, 8 a distritais, três a senador e 1 a governador.
Ainda precisa melhorar
Apesar do número recorde, no entanto, as candidaturas LGBT+ representam somente 0,76% do total de postulantes no Brasil, de acordo com o estudo.
A organização diz ter extraído os números a partir de conferências nos registros do TSE, combinadas com a identificação de candidaturas por meio das redes sociais e de visitas de pesquisadores a todos os estados.
Em nota, o VoteLGBT celebrou o marco, mas recomendou que os partidos garantam recursos financeiros a essas candidaturas, “para que não tenham de depender apenas de sua capacidade de mobilização social própria para serem eleitas”.