O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a compra da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, será suspensa nesta terça-feira (29). O anúncio ocorre uma semana depois do escândalo de superfaturamento na aquisição do imunizante vir à tona.
Segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, Bolsonaro teria sido avisado em março das suspeitas de irregularidades e teria dito que o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR) seria o responsável.
“Não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”, afirmou Queiroga à CNN.
Denúncias apontam que o contrato entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa, representante do imunizante indiano no Brasil, previa a compra superfaturada do produto. A vacina era a mais cara entre as que o país realizou empenho de compra.
Bolsonaro é denunciado por prevaricação
Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentaram nesta segunda-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime na qual pediram a investigação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por suposto crime de prevaricação. A relatora do caso será a ministra Rosa Weber.
Com base nos depoimentos dos irmãos Luis Miranda e Luis Ricardo Miranda à CPI da Pandemia, na semana passada, parlamentares já haviam dito que acionariam o STF. Cabe ao Supremo decidir se pede à Procuradoria-Geral da República (PGR) para abrir uma investigação formal sobre o caso.
Rosa Weber vê suspeita na compra da Covaxin
Também nesta segunda, a ministra do STF Rosa Weber avaliou que há “grave suspeita” de favorecimento ou obtenção de vantagens indevidas por agentes públicos e privados na compra da Covaxin. A conclusão está na decisão da ministra de manter a quebra dos sigilos telefônicos e telemáticos do advogado Tulio Belchior Mano da Silveira, representante da empresa Precisa Medicamentos.
A Precisa Medicamentos faz parte do contrato de R$ 1,6 bilhão assinado pelo ministério para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin.
Com informações da CNN