O Grupo Parlamentar Brasil-Cuba do Congresso Nacional, liderado pela deputada Lídice da Mata (PSB-BA), publicou uma nota de solidariedade ao país comunista. No texto os parlamentares fazem referência ao atentado sofrido pela Embaixada daquele país nos Estados Unidos. Segundo a nota, o ataque completa um ano “sem que nenhuma medida ou satisfação tenha sido apresentada ao país agredido e aos organismos internacionais”.
A nota foi enviada à Embaixada cubana no Brasil e deve ser lida na pré-convenção de Brasília à XXV Convenção de Solidariedade a Cuba, prevista para acontecer dos dias 3 a 6 de Junho em João Pessoa, Paraíba.
Ainda no documento, os parlamentares manifestam repúdio ao silêncio das autoridades estadunidenses quanto ao ataque.
O atentado à Embaixada de Cuba
Na madrugada do dia 30 de Abril de 2020, um homem de 42 anos, identificado como Alexander Alazo, da cidade de Aubrey, no Texas, desferiu 32 projéteis de fuzil semiautomático em direção a Embaixada de Cuba em Washington. O atentado colocou em risco a segurança da Missão Diplomática, a vida dos funcionários presentes e a de seus familiares.
O presidente cubano Miguel Díaz-Canez, à época, afirmou via redes sociais que se tratava de um ato terrorista.
“O atentado terrorista à embaixada é um ato de ódio, consistente com a hostilidade do governo americano em relação a Cuba. Não compartilhar todas as informações com o país atacado é equivalente à tolerância e revive a história do terrorismo contra Cuba”
Miguel Díaz-Canez
O não compartilhamento das informações sobre o atentado é apontado como problemático pela nota. Após os ataques ataque às torres do World Trade Center em setembro de 2001, os Estados Unidos adotaram uma legislação dura contra o terrorismo.
Histórico
A nota faz também crítica o histórico conturbado das relações entre Cuba e Estados Unidos. Dessa forma, corrobora com declarações do presidente cubano sobre o “recrudescimento do ilegal bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos por mais de meio século.”
Este embargo dos Estados Unidos aos cubanos foi imposto em 1962, consistindo-se em uma interdição de caráter econômico, financeiro e comercial que tornou-se lei no começo dos anos 90. Com o passar dos anos, novas sanções foram impostas pelo governo estadunidense.
O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, endureceu ainda mais as sanções impostas contra Cuba, deixando um prejuízo de cerca de 20 bilhões de dólares para a ilha, segundo o governo cubano.