Nesta terça (15), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que quem sugeriu a ideia de congelar aposentadorias da população por dois anos, como forma de bancar o Renda Brasil (novo Bolsa Família), mereceria um “cartão vermelho”.
Após o projeto de Renda Brasil ser jogado fora pelo presidente Bolsonaro, Guedes voltou a priorizar o debate sobre novos impostos, em especial sobre a nova CPMF.
Leia também: Com o fim do Renda Brasil, PSB articula novo programa
A seu favor, Guedes quer usar a pressão das igrejas, da mídia e de outros setores em defesa da desoneração para fazer a proposta avançar.
CPFM: Novo imposto
Essas informações, dos bastidores de Brasília, foram divulgadas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Além da nova CPMF, Guedes quer impulsionar outras medidas relacionadas, como: a desoneração ampla da folha de pagamentos para trabalhadores com remuneração de um salário mínimo, ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, corte de imposto para produtos da linha branca e até um benefício a igrejas.
A proposta é polêmica para o governo e para o Congresso. Também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é um forte opositor a ideia de Guedes de criar um novo imposto.
Conjunto de propostas
Depois de Bolsonaro jogar fora o Renda Brasil, Guedes pediu a sua equipe acelerar o conjunto de propostas tributárias, que já vinha sendo formulado no Ministério da Economia.
Guedes quer resolver vários problemas em apenas um pacote, fechando a discussão sobre a desoneração de alguns setores com a proposta que reduz encargos para todas as empresas. A medida seria limitada às pessoas que recebem um salário mínimo, cortando pela metade os encargos, hoje em 20%.
O ministro quer que o pacote também contemple igrejas, após o veto presidencial que barrou benefício aos templos.
Ampliação
O ministro pensa também na ampliação para R$ 3 mil da faixa de isenção do Imposto de Renda. Seria apresentada ainda uma medida para cortar a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da linha branca, como em geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupa.
Com informações da Folha de S. Paulo