
A Justiça acatou na sexta-feira (29) Ação Popular para que a Fundação Cultural Palmares apague de seu site artigos que desqualificam a figura de Zumbi dos Palmares. A multa diária pela não retirada imediata dos textos ofensivos à memória de Zumbi é de R$ 1 mil.
A ação popular foi impetrada pelos deputados federais Bira do Pindaré (PSB-MA), Túlio Gadêlha (PDT-PE), Benedita da Silva (PT-RJ), e Áurea Carolina (PSOL-MG) no último dia 14 de maio.
Na decisão, a magistrada concluiu que “a permanência dos artigos no sítio institucional ameaça o patrimônio histórico-cultural e viola o direito à identidade, ação e memória da comunidade negra e a sua garantia a condições adequadas para a preservação, expressão e desenvolvimento de sua identidade”.
Os artigos
Os artigos “A narrativa mística de Zumbi dos Palmares”, de Mayalu Felix, e “Zumbi e a Consciência Negra – Existem de verdade?”, de Luiz Gustavo dos Santos Chrispino, foram publicados no dia 13 de maio, data da abolição da escravatura no Brasil.
Na mesma data, Sérgio Camargo, presidente da instituição, publicou uma série de tuítes ofensivos à figura de Zumbi dos Palmares, que, nas palavras, é um “herói da esquerda racialista; não do povo brasileiro”.
Não satisfeito, ele também fez enquete nas redes para escolher novo nome para a fundação.
A abolição legal da escravidão não garantiu condições reais de participação na sociedade para a população negra no Brasil, por isso a data é considerada pelo movimento negro como um dia de luta contra o racismo.
Com informações do G1.