Jovens entre 16 e 17 anos não são obrigados a votar, mas a mobilização em defesa da democracia fez a juventude brasileira se engajar como há anos não se via. A última vez em que tantos adolescentes tiraram título de eleitor foi em 2002, quando o ex-presidente Lula (PT), pré-candidato ao cargo novamente, foi eleito pela primeira vez.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são 2,1 milhões de jovens aptos a votar nestas eleições. Em 2002, quando Lula foi eleito presidente, eram 2,2 milhões, número que despencou para 1,4 milhão em 2018, ano em que Jair Bolsonaro (PL) foi eleito.
No Brasil, o voto é facultativo para os jovens de 16 e 17 anos, para as pessoas acima dos 70 anos e para os analfabetos.
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O resultado merece ser celebrado. De acordo com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, os números são “efetivamente impressionantes” e demonstram “a pujança cívica da cidadania”, uma vez que os dados revelam “o maior eleitorado cadastrado da história brasileira”.
No total, são 156.454.011 pessoas devidamente regularizadas para votar neste ano. Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, houve um aumento de 6,21% em comparação ao pleito de 2018.
O engajamento é fruto de um trabalho coletivo. Artistas, celebridades e políticos – no geral de esquerda – foram às redes em campanha para que os jovens tirassem o título de eleitor, além do próprio TSE. Anitta, Juliette e Zeca Pagodinho foram alguns dos que mobilizaram suas redes pela democracia.
Voto jovem é socialista
Sabia que o voto facultativo entre 16 e 17 anos é um direito constitucional garantido por um socialista? O ex-deputado constituinte Hermes Zaneti (PSB-RS) é o autor da proposta que garantiu esse direito aos jovens.
Para Zaneti, conversar com os adolescentes sobre a importância do voto é fundamental e fortalecer a juventude dentro dos partidos políticos também.
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“Ora se é o jovem quem mais terá tempo de usufruir das mudanças, temos que dialogar o máximo possível sobre a importância da participação democrática. Se você, jovem não escolher, outra pessoa fará isso por você. Não deixe isso acontecer, decida”, instiga o socialista.
Com informações do Vermelho