Terceiro colocado na corrida à Prefeitura de São Paulo, Márcio França (PSB) indica que tenta atrair o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para sua órbita e admite erros na campanha deste ano em entrevista à Folha de S. Paulo.
“Se o Kassab faz um movimento como esse, rumo ao Ciro, seria importante”, disse ele, incluindo na costura de um eventual projeto nacional o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) foi aliado do ex-governador na eleição paulistana e é presidenciável para 2022.
Ainda sobre as negociações com foco nos próximos cenários políticos, França revelou ter expectativa de ganhar como colega no PSB o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
“O movimento dele [Dino] vai ser o mais importante dos próximos dias. O PCdoB está com um problema [com a cláusula de barreira]. Ou eles migram para algum canto ou vão ser diluídos”, afirmou.
Sobre as eleições municipais, França avalia que Bruno Covas (PSDB) foi para o segundo turno contra Guilherme Boulos (PSOL) e venceu porque preencheu um espaço de “meio” (ou “miolo”) que almejava ocupar.
“Consolidei um espaço importante na capital, que eu não tinha. Consegui encontrar uma espécie de um “segundo meio”, porque o meio estava ocupado pelo Bruno, que era o favorito para ir ao segundo turno, e o meu eleitor é desse lugar, não é de uma das pontas.”
Sobre o seu futuro na política, Márcio França afirmou que pretende continuar como candidato e admite possibilidades diversas daqui pra frente. “Eu posso sair a governador, a vice-governador, a senador, não sair a nada. A eleição de governador é determinada pelas circunstâncias das eleições nacionais”, disse.
Confira a entrevista completa aqui.
Com informações da Folha de S. Paulo