
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a sua pré-candidatura confirmada na convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), no dia 21 de julho, com a maior aliança de todas as disputas presidenciais que já participou.
Essa será a sexta corrida ao Palácio do Planalto que Lula participa e, desta vez, terá o apoio das sete legendas coligadas no movimento “Junt@s pelo Brasil”. Em torno da chapa Lula/Alckmin estão o PT, PSB, PCdoB, PV, Psol, Rede e Solidariedade.
Juntos esses partidos elegeram 123 deputados federais em 2018, o que equivale a 24% da Câmara dos Deputados.
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Em outras eleições anteriores, Lula nunca teve uma coligação tão ampla. A com maior número de legendas ocorreu em 1994, quando também agregou sete partidos. No entanto, à época, todas as agremiações juntas tinham apenas 54 deputados.
O pré-candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) é peça fundamental para ampliar o apoio em torno da chapa. O ex-governador tem dialogado com empresários, representantes do agronegócio e de áreas que, historicamente, se posicionavam contrárias ao petista.
Alckmin tem a missão de intensificar o diálogo com esses setores e, a partir de agosto, deve realizar uma série de eventos em estados como Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins,
O objetivo é uma aproximação com esses setores que foram cooptados pelo bolsonarismo. O ex-governador deve se reunir com produtores rurais de pequeno e médio porte nesses estados com maior rejeição ao PT.
Em Santa Catarina, por exemplo,onde Bolsonaro teve em 2018 75,92% dos votos, Alckmin deve dialogar com empresários do setor da pesca.
“Alckmin tem habilidade. Ele vai cumprir missões espinhosas que normalmente o titular não está disposto a cumprir. Às vezes, não convence todos, mas convence a alguns As conversas podem gerar frutos eleitorais e políticos”, afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira, ao O Globo.
Depois de Santa Catarina, Alckmin deve seguir para Mato Grosso, onde o PSB trabalha em agendas com empresários do algodão e da soja, entre outros.
Em discursos durante as atividades da pré-campanha, o pré-candidato a vice tem destacado a importância de derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno das eleições. E tem reforçado a importância da unidade em torno da chapa.
“De um lado, o fascistóide; de outro lado, um democrata, que é o presidente Lula. De um lado, um país que não cresce, que saiu do mapa do mundo para entrar no Mapa da Fome, do desemprego. Com o presidente Lula, foram gerados mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada. De um lado, o triste momento da educação; de outro lado, a inclusão, a ampliação das universidades, os novos campi, os Institutos Federais, o Fundeb e a política de cotas”, disse durante evento em São Paulo no último sábado (16).