
Com mais de 1,1 mil assinaturas, o documento intitulado “Movimento dos Economistas pela Democracia e Contra a Barbárie” foi lançado nesta terça-feira (14) em apoio à chapa Lula-Alckmin.
Organizado pela Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, o principal objetivo do texto é ressaltar a necessidade de adoção de “medidas para recuperar o crescimento sustentável com redução das desigualdades”.
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Além de barrar as tentativas do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) de enfraquecer as instituições para implantar “um sistema político autoritário, uma ditadura neofascista sustentada por polícias e milícias armadas”.
“Nós economistas, que subscrevemos este manifesto, temos clareza de que o retorno do Brasil a uma trajetória de progresso civilizatório passa, necessariamente, pela eleição da chapa Lula-Alckmin no primeiro turno das eleições gerais. Também é fundamental votarmos para governadores, senadores e deputados federais e estaduais que se oponham firmemente ao governo de Jair Bolsonaro e estejam alinhados com a defesa permanente da democracia, do Estado de Direito e da Constituição Federal de 1988”, destaca um trecho do documento.
A defesa da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) à presidência e vice-presidência da República passa também por defender a extinção do teto de gastos, limite orçamentário adotado no governo de Michel Temer (MDB).
Reivindicam, ainda, a taxação de lucros e dividendos e a revisão da reforma trabalhista, previdenciária e da “pejotização”. Exigem a reativação de conselhos de políticas públicas. Como é o caso do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) para fortalecer ações de combate à fome.
Bolsonaro Nunca mais
Os economistas são incisivos ao criticar a política de privatização adotada por Bolsonaro. E afirmam que o objetivo do atual governo é “desregulamentar as atividades econômicas, dar autonomia para que as empresas privadas, muitas delas oligopólios, se autorregulem e se vejam livres das leis de proteção ambiental”.
Destacam também que a base produtiva da economia brasileira deve passar por um processo de “reprimarização e desindustrialização” em torno do agronegócio e do extrativismo mineral.
O texto destaca o abandono da política de valorização do salário mínimo, que teve início na segunda metade de década de 1990. E ressalta que “o presidente da República irá entregar ao final do seu mandato um salário mínimo inferior, em termos reais, ao que recebeu no momento de sua posse”.
Por fim, os economistas destacam a importância da manutenção do sistema democrático. “O projeto político de Bolsonaro é de implantação de um sistema político autoritário, uma ditadura neofascista que pretende se perpetuar armado as polícias e milícias para concretizar sua aspiração de poder”.