
A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi a estrela da convenção do PL que oficializou a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, neste domingo (24), no Rio de Janeiro. Após falar em “mulher virtuosa” por meio de citação bíblica, Bolsonaro que faz questão de atacar as mulheres em toda oportunidade que tem, passou a palavra para Michelle, que resistiu o quanto pôde a participar da campanha do marido.
Falando em Deus, a primeira-dama aproveitou para citar o episódio da facada que o marido levou durante campanha de 2018. Ela é considerada fundamental pela campanha de Bolsonaro para chegar ao eleitorado feminino, o que mais rejeita o atual ocupante do Planalto, que luta contra os direitos das mulheres.
“Vocês estão aqui apoiando um projeto de libertação da nação (…) Quando eu cheguei na Santa Casa e vi meu marido na maca, eu olhei para o teto do hospital e falei ‘o senhor tem controle de todas as coisas’”, disse.
O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e que protagonizou inúmeros ataques ao sistema eleitoral do país, foi confirmado como vice da chapa bolsonarista.
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Em seu discurso, Bolsonaro voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e incitou seus apoiadores a irem às ruas no 7 de Setembro em seu usual tom golpista.
“Vamos às ruas pela última vez. Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo”, disse ao se referir aos ministros do STF.
Bolsonaro também defendeu lideranças do centrão, bem diferente da postura de 2018, quando o general Augusto Heleno cantarolou “Se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão” e de Eduardo Bolsonaro, que afirmou também durante a campanha de 2018 que ” queria tirar foto do rosto de cada um dos senhores aqui, pra saber se em 2019, quando o coro comer pra valer, se vocês vão se deixar seduzir por discursos do centrão ou vão se manter firmes e fortes com Bolsonaro”.
O atual ocupante do Planalto também atacou o ex-presidente Lula (PT), candidato à reeleição e que está à frente em todas as pesquisas de intenção de voto, inclusive na base eleitoral de Bolsonaro, o Rio de Janeiro.
Com informações do g1 e UOL