
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se apressou e retornou ao Brasil antes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao chegar ao jantar do PL em Brasília na segunda-feira (30), Michelle afirmou que o Bolsonaro ainda está “descansando” nos Estados Unidos.
Enquanto o ex-mandatário por cerca de um mês no país estadunidense, Michelle articula o início de sua vida política desvinculado a Bolsonaro. A ex-primeira-dama assumirá a presidência do PL Mulher. No cargo, deverá receber salário mensal equivalente ao vencimento de deputados federais e senadores, hoje de R$ 39,2 mil brutos.
A ideia do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é manter Michelle em evidência, para que ela seja a candidata da sigla ao Palácio do Planalto em 2026, caso Bolsonaro não possa.
Entretanto, os filhos do ex-presidente não estão contentes com a idéia. O plano deve encontrar resistência entre os filhos de Bolsonaro, principalmente Carlos Bolsonaro e Jair Renan, que não escondem a relação conturbada que têm com a madrasta.
Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, uma pessoa próxima ao clã Bolsonaro revelou que Carlos e Jair Renan estariam preparando um “dossiê” com vídeos e áudios comprometedores a Michelle. Os arquvios seriam divulgados caso ela decida, de fato, entrar na política. Esse material chocaria, principalmente, o eleitorado evangélico.
“Se ela tentar, eles vão acabar com ela, desmoralizar como evangélica (…) “Uma coisa é o marido dela dizer absurdos. Ele não é evangélico e o povo sabe. O caso dela é diferente”, diz este interlocutor.
Enquanto isso, o ex-presidente continua nas férias após ser derrotado nas eleições por Lula (PT). Na sexta-feira (27), Bolsonaro pediu o visto de turismo para permanecer legalmente nos Estados Unidos por mais 6 meses. A informação foi publicada pelo jornal Financial Times e confirmada pelo Poder360.