O comunicador independente Gabriel Fusari é o entrevistado desta semana do programa Moda e Política. O tema da live será “Comunicação e Moda”. A cada 15 dias um convidado aborda as principais questões que envolvem o mundo fashion com olhar político sobre o que se passa em toda a cadeia de produção – do cultivo e processamento de fibras passando pelo vestir até o descarte de peças. A live será às 19h, no canal de Iara Vidal no Youtube, com retransmissão pelo site do Socialismo Criativo e no canal no Facebook
Gabriel Fusari é comunicador independente de moda. Estudante de jornalismo da Unifersidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Araguaia, já escreveu para veículos como FFW, Harper’s Bazaar e Elle Brasil. Atualmente, produz conteúdo para o Instagram como vídeos e textos, em que fala sobre moda com um olhar politizado e para além do consumo.
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As entrevistas são conduzidas pela secretária de redação do site Socialismo Criativo, Iara Vidal. A jornalista é pesquisadora independente dos encontros da moda com a política e representa o movimento Fashion Revolution em Brasília. Ela é modativista para que a produção seja justa, ética e consciente. E que preze pelas pessoas e pela natureza acima do lucro.
Gabriel Fusari também fala sobre moda e política no IG
Em um de seus conteúdos autorais postados no Instagram, Fusari fala sobre o encontro do jornalismo de moda sob a ótica do manifesto comunista.
Ele conta que no papel jornalístico na comunicação de moda houve um momento em que teve o que ele chama de “presença de palco”, gerando críticas e elogios, sentimento de desejo e desprezo pela simples existência.
Com o passar do tempo, a função jornalística de moda começou a entrar em ostracismo, perdendo espaço para funções mais publicitárias de se comunicar com a moda.
Fusari afirma que o jornalista de moda é apenas mais um dos “Proletários Modernos” que tem sua profissão esvaziada e inicia um processo de questionamento de identidade.
Gabriel Fusari faz uma reflexão baseada no cenário atual, no qual blogueiras vendem produtos fantasiados como “dicas de amiga”; criadores de conteúdo se comunicam sem pesquisa, apuramento e senso crítico e até mesmo veículos que têm como editores-chefes blogueiros ou profissionais privilegiados que reproduzem opressão hierárquica.
O estudante pontua que Karl Marx compreende que grande parte dos trabalhadores não sabem onde estão no tabuleiro social e que a coerção em sentido a um upgrade profissional, visto como positivo para grandes conglomerados e assim pautados por eles, nada mais é que a famigerada “Uberização” das profissões, com o esvaziamento de seus preceitos e princípios, para o acúmulo de capital pessoal.