Líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse nesta segunda-feira (9) que a Oposição entrará com um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O motivo, de acordo com o parlamentar socialista, ocorre diante do que classificou como atentado ao livre exercício dos poderes, ameaças às eleições e ao Judiciário por parte do mandatário.
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Em entrevista à Globonews, o parlamentar citou como exemplo falas de Bolsonaro contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso. Em suas redes sociais, o parlamentar reforçou a iniciativa que mobiliza parlamentares socialistas durante todo o dia.
“A Oposição, diante desses ataques do presidente da República ao sistema eleitoral, à democracia, à ameaça de não realização das eleições, entrará com um novo pedido de impeachment na Câmara dos Deputados nesta semana, provavelmente ainda no dia de hoje, para mostrar que não aceitamos esse comportamento do presidente da República, da mesma forma que o TSE reagiu, da mesma forma que o Supremo Tribunal Federal reagiu, é hora do Congresso Nacional reagir.
Alessandro Molon
O clima entre Bolsonaro e o Judiciário vem se acirrando no último mês, após reiteradas declarações do presidente sobre a possibilidade de não realização das eleições de 2022 caso não seja aprovada no Congresso uma proposta que institui o “voto impresso auditável”.
Bolsonaro alega ter havido fraudes nas eleições de 2018 sem, no entanto, apresentar quaisquer provas de suas acusações. Na entrevista, Molon falou ainda sobre a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de levar para votação no plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, a PEC do Voto Impresso, que torna obrigatório o voto impresso. O projeto foi rejeitado na semana passada em uma comissão especial.
Molon ressaltou que nunca houve indícios de fraude em eleições desde 1996, quando as urnas eletrônicas foram adotadas. “Não há qualquer razão para se desconfiar desse sistema (…) O Congresso Nacional vai reafirmar sua confiança no sistema eleitoral brasileiro e derrotar e enterrar essa PEC do voto impresso”.
Com informações do G1