
A denúncia do Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) afirma que o miliciano Adriano da Nóbrega também era parte do esquema da “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo reportagem do G1, publicada nessa sexta-feira (6), Danielle Mendonça da Costa, mulher do ex-policial militar Adriano, foi nomeada assessora parlamentar de Flávio Bolsonaro em 2007. No mesmo ano, o então deputado também contratou Fabrício Queiroz.
Além da esposa do miliciano, a sua mãe, Raimunda Veras Magalhães, também virou assessora parlamentar em 2015. As duas, no entanto, eram funcionárias fantasmas, segundo a investigação. A mãe de Adriano era, na verdade, dona de pizzarias que ela mesma administrava.
De acordo com os investigadores, as pizzarias foram usadas para movimentar parte do dinheiro desviado da Alerj. Os valores saíram dos restaurantes e entraram diretamente nas contas de Queiroz, em depósitos ou transferências bancárias.
Além disso, o ex-policial, por meio da mãe e da mulher, transferiu outros R$ 400 mil para Queiroz, acusado de ser o operador de Flávio, diz os investigadores. Mas a conta final dos desvios é ainda maior. Ao todo, foram desviados para a organização criminosa R$ 1.029.042,48, aponta MP.
Acusado de comandar um grupo de extermínio e de ter ligação com a milícia no Rio, Adriano foi morto na Bahia em fevereiro deste ano, em troca de tiros com a polícia.
Apesar de nunca ter sido nomeado para cargos na Alerj, o miliciano tinha relação próxima com Queiroz e Flávio e, segundo denúncia, também integrava o núcleo executivo da organização criminosa.
Com informações do G1