
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) detalhou a denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), sua mulher, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e mais 15 pessoas pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
No documento de 50 páginas, a Promotoria acusa Flávio Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que teria desviado R$ 6 milhões da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) através da nomeação e manutenção de “funcionários fantasmas” em cargos comissionados. Eles devolviam parte do seu salário para o grupo, no esquema que ficou conhecido como “rachadinha”.
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Os promotores apontam ainda que outra peça importante da dinâmica criminosa era Miguel Ângelo Braga Grillo, o Coronel Braga, que chefiava o gabinete de Flávio na Alerj e exerce a mesma função no Senado, com salário de R$ 22,9 mil, afirma o Estadão.
A Promotoria ainda identificou que mais de R$ 2 milhões foram repassados para a conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, que transferia o dinheiro através do pagamento de despesas da família Bolsonaro, depósitos em contas bancárias do casal e transações imobiliárias.
O MP-RJ pediu à Justiça que, caso Flávio Bolsonaro seja condenado, ele perca todos os bens que tenham relação com os supostos crimes, como um apartamento na Barra da Tijuca, e que o senador perca o exercício do cargo público por oitos anos. O Ministério Público ainda pede que o senador, Queiroz e Coronel Braga devolvam R$ 6,1 milhões pelos supostos crimes de peculato.
Em nota, a defesa de Flávio classificou a denúncia como uma “crônica macabra e mal engendrada” e afirmou que “todos os defeitos de forma e de fundo” serão pontuados na formalização da defesa. “A denúncia contra Flávio Bolsonaro é insustentável”. A defesa de Queiroz afirmou que vai demonstrar “a improcedência das acusações.“
Com informações do Estadão
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