
Políticos e lideranças internacionais comentaram a anulação das condenações de Luiz Inácio Lula da Silva, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, restaurar os direitos políticos do ex-presidente, tornando-o novamente elegível na tarde desta segunda-feira (8).
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Ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, e sua esposa, a senadora Lucia Topolawski, enviaram uma mensagem ao petista dizendo que a luta por igualdade e liberdade continua.
“Estar livre de toda culpa revela uma história sem fim de despotismo de homens infames. A luta compensa e continuaremos até o fim de nossas vidas, buscando o caminho para a fraternidade, igualdade e liberdade para todos os nossos vizinhos. Nesse momento a nossa felicidade é enorme, um grande abraço”, disse a mensagem publicada pelo portal Brasil 247.
Outros líderes internacionais, como o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, também se manifestaram celebrando a restituição dos direitos políticos de Lula.
“Lula já pode concorrer em 2022 contra o Bolsonaro”, comemorou Anne Hifalgo, a socialista que governa a capital francesa, ao comentar a decisão do STF pelo Twitter.
“Celebro que Lula foi reabilitado em todos os seus direitos políticos. As sentenças proferidas contra ele com o único propósito de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política foram revogadas. Justiça foi feita!”, disse Fernández, também via Twitter.
Vitória celebrada mundo afora
Ainda estão na lista de autoridades a acenar positivamente a favor de Lula o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que afirmou que “a justiça foi feita”, após o ex-presidente ser “vítima de perseguição violenta e lawfare de direita para fins políticos”.
O candidato correísta à presidência do Equador, Andrés Arauz, declarou que “novos ventos sopram” na América Latina. “Parabenizamos o povo do Brasil por sua perseverança e luta. Sopram novos ventos em nossa América, espero que a vontade do povo seja respeitada, longe da influência do lawfare e das manipulações da justiça”, afirmou.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, também celebrou a anulação das condenações. Pelos canais oficiais, o mandatário afirmou que a decisão aponta os “excessos e abusos” que são realizados contra a esquerda da América Latina. “Celebramos a absolvição de Lula e Dilma, que vem confirmar quantos excessos e abusos são cometidos contra a esquerda latino-americana. Continuamos em alerta”, disse.
O ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper afirmou que a anulação das condenações fecha “um vergonhoso capítulo” no Brasil. “A anulação das causas pendentes contra o ex-presidente Lula fecha um vergonhoso capítulo de politização da justiça (lawfare) no Brasil, que se replicou em outros países da região contra outros dirigentes”, disse.
Lula além da América Latina
Na Europa, o líder do partido de esquerda francês França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, celebrou a decisão: “Após cinco anos de perseguição, todas as ações judiciais contra Lula estão cancelados! Lula está livre”, disse.
O ex-primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, disse estar feliz por Lula e pelo Brasil após Fachin anular condenações do petista. “Corte Suprema anula condenações de Lula. Feliz por ele, feliz pelo Brasil”, afirmou.