Olavo de Carvalho, o guru bolsonarista, voltou a criar polêmica nesta quarta-feira (25) ao sugerir a renúncia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ataque é resultado do descontentamento do ideólogo que orienta parte do eleitorado e até o gabinete ministerial do mandatário com o fato de Bolsonaro não estar se esforçando para “defender suas bases”.
“Se você não é capaz nem de defender a liberdade dos seus mais fiéis amigos, renuncie e vá para casa antes de perder o prestígio que em outras épocas soube merecer”, escreveu Olavo em seu Facebook, em uma mensagem endereçada ao presidente.
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Em sua crítica a Bolsonaro, Olavo chegou a invocar Lula para compará-lo ao atual presidente. “O Lula jamais deixou na mão os seus companheiros de luta”, escreveu.
Olavo cobra sua defesa e de seus pares
O filósofo também chegou a criticar as investidas em infraestrutura de Bolsonaro – que tem inaugurado obras até de pequeno porte nos últimos meses, em cerimônias longe de Brasília. “Obras públicas até Hitler e Stalin faziam, e ninguém fez tantas quanto eles”, comparou.
“Gabar-se de obras públicas enquanto se deixa a liberdade ser esmagada é a atitude MAIS PORCA que um governante pode tomar”, escreveu, com sua tradicional linguagem subversiva.
Olavo de Carvalho têm cobrado há meses uma postura mais efetiva de Bolsonaro em sua defesa e na defesa de seus pares.
Em setembro, quando o movimento Sleeping Giants Brasil protagonizava a derrubada de contas de Olavo de Carvalho em plataformas de pagamento digital, o polemista encenou um novo ataque ao chefe de estado. “Até quando veremos brasileiros sendo perseguidos e punidos por defender um governo que não os defende?”, dizia uma das mensagens à época.
Twitter anuncia exclusão do ‘Terça Livre’
Nesta quarta-feira (25), o Twitter anunciou a suspensão da conta principal do site “Terça Livre”, ligada ao blogueiro Allan dos Santos, investigado no inquérito das Fake News no Supremo Tribunal Federal (STF).
Allan, que foi impedido de se manifestar em redes sociais por ordem do ministro Alexandre de Moraes, continua operando o site e se manifestando em perfis paralelos em redes sociais, sem alterar seu conteúdo de ameaças às instituições.
Em outro caso que representa uma derrota para o pensamento olavista, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou três pessoas a indenizarem a jornalista Madeleine Lackso, por promoverem um linchamento virtual contra sua imagem nas redes sociais. O caso foi revelado pelo site Consultor Jurídico, mas não foi possível precisar a data em que o caso foi julgado, ou quem sejam os réus.
No início do mês, o Olavo ainda foi intimado a pagar R$ 2,9 milhões ao músico Caetano Veloso por publicações que acusavam o artista de pedofilia.
Com informações do Congresso em Foco