O dado é da ONG Sou da Paz e inclui o aumento de munição feito após reunião ministerial do dia 22 de abril

Em quase um ano e meio no poder, o presidente Jair Bolsonaro já apresentou seis medidas que flexibilizam o controle de armas no Brasil. O registro foi feito pelo Instituto Sou da Paz.
Sem uma política de segurança pública que articule a inteligência policial com setores como o da educação, esporte e cultura, Bolsonaro não tem medido esforços para armar a população.
E ele segue franqueando a segurança dos brasileiros. Prova disso foi sua defesa do tema na reunião ministerial do dia 22 de abril, ocasião em que disse: “Eu quero todo mundo armado”.
Segundo o Globo, de acordo com a Sou da Paz a mudança pró-armamento mais recente empreendida por Bolsonaro ocorreu no dia seguinte (23) à reunião ministerial. O presidente pediu ao então ministro da Justiça Sérgio Moro e ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que aumentassem a quantidade de munição para pessoas físicas.
Assim, o governo triplicou de 200 para 600 o limite da compra de munições por registro de arma de pessoa física no país. Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça para que o Exército retome portarias que tratam sobre controle de armas e munições revogadas.
“Uma questão que preocupa é a formação de milícias armadas pelo governo e que possam se voltar contra autoridades locais”, afirma o gerente do Sou da Paz, Bruno Langeani, para quem a medida inspira cuidado e atenção.
A medida também foi tema de proposta do líder socialista na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), para barrar portaria de flexibilização.
Fato estranho
O Globo conta que o fato estranho em relação à medida é que a mudança na portaria das munições teve a anuência do general de brigada Eugênio Pacelli Vieira Mota, que já havia deixado o cargo.
A exoneração do general de brigada da posição de diretor de Fiscalização de Produtos Controlados foi publicada no Diário Oficial da União em 25 de março.
Com informações de O Globo.