O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse que o grupo de Transparência, Integridade e Controle da equipe de transição do governo Lula vai analisar o combate à corrupção e os sigilos impostos pelo atual governo do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Câmara, o GT fará um levantamento do arcabouço jurídico. “Caso esteja extrapolando o razoável, que seja revogado”, disse.
“A gente vai fazer o levantamento de todo esse arcabouço jurídico que há questionamento e há um entendimento que precisa ser avaliado. Não cabe ao grupo propor, mas levantar as informações e dizer como tá a situação. Aí, o próprio presidente Lula e o vice-presidente Alckmin vão tomar as decisões. O grupo vai apresentar metas, ações e sugestões”, explicou.
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Câmara disse que o grupo de trabalho vai fazer unir processos de controle interno, externo e social. “Vamos fazer interface com o controle externo no âmbito da União e do próprio governo nacional. Tem também o olhar por controle interno (AGU, CGU e com MP) e o controle social, que é a ferramenta que mais vamos insistir em colocar dentro do programa”, disse. “A sociedade ficou afastada nos últimos anos das ações do governo”, completou.
Para o governador de Pernambuco, o controle e a transparência não podem ser ferramentas usadas apenas de forma punitiva, precisam apresentar soluções. “Controle e transparência precisam ser ferramentas de resolução. Se algo está errado, é preciso ter soluções e fazer de acordo com o que precisa ser feito.”
– estudará o combate à corrupção. Além disso, vai analisar os sigilos impostos pelo atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Vai se aliar controle externo, interno e controle social e participação da sociedade. Combater a corrupção é sempre importante e necessário. Faz parte de vários órgãos do governo. Tanto o controle quanto a transparência precisam ser facilitadores. Se tem erros, precisamos elaborar soluções”, disse Paulo Câmara.
Questionado se a equipe estuda revogar sigilos impostos nos últimos quatro anos, o gestor afirmou que haverá um levantamento do arcabouço jurídico que precisa ser modificado. “Vai [ser modificado], caso esteja extrapolando o razoável, que seja revogado”, afirmou.
Segundo o socialista, o grupo vai apresentar metas, ações e sugestões. Essa é a primeira vez que o GT se reúne desde a nomeação dos integrantes e pretende fazer uma nova reunião na próxima terça-feira (22).
“A prioridade maior do grupo é o resgate do controle social e a participação da sociedade civil dentro desse processo de planejamento e controle das ações do governo. Nos últimos quatro anos se ouviu pouco. Ainda estamos numa fase inicial”, destacou.