A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira (16) mais uma operação para prender terroristas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que organizaram atos golpistas pedindo intervenção militar no país após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Leia também: Anderson Torres chega ao Brasil e é preso pela Polícia Federal
A operação Ulysses está sendo realizada em Campos dos Goytacazes, reduto fluminense onde Bolsonaro teve mais de 63% dos votos válidos no segundo turno das eleições e mantém contatos políticos que atuaram em sua campanha. A região é dominada politicamente pelo clã de Anthony Garotinho, que se aproximou de Bolsonaro para tentar uma sobrevida política.
Ao menos três mandados de prisão estão sendo cumpridos, além de cinco mandados de busca e apreensão. Os alvos são organizadores de barricadas golpistas que fecharam rodovias da região e montaram acampamento em frente ao quartel-general do Exército.
Além disso, a PF mira “a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas ocorridas em 08/01/2023”.
Segundo a polícia, ” o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa”. Os crimes investigados são associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais, todos do Código Penal.
Cappelli: terroristas bolsonaristas feriram 44 policiais em combate
O interventor na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou que muitos policiais ficaram feridos durante a ação terrorista contra os três poderes, comandada por Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores.
“Nós temos 44 policiais militares feridos em combate. Eles enfrentaram homens profissionais entre os manifestantes. Gente treinada e preparada. Gente que tinha noção de tática de enfrentamento, gente que tinha luva própria para devolver granada e artefatos e gente que por muito pouco não ceifou a vida de um policial militar”, disse ele, na entrevista ao Fantástico.
Cappelli defende que os bons policiais sejam valorizados. “Agora é a hora da gente separar o joio do trigo. Os que falharam, os que foram omissos, os que foram cúmplices e aqueles que honram a instituição, a polícia militar do Distrito Federal. A noite do dia 8 ainda não acabou. O dia 8 ainda não acabou. Essa noite ainda tem muita coisa pra ser. Muita história por trás dela, muita investigação e a gente vai até o final”, pontuou.