O ministro Augusto Heleno prestou depoimento nessa terça-feira e contradisse a versão do presidente de que teria reclamado, em reunião gravada, de sua segurança pessoal, e não da Polícia Federal
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Em ofício enviado na última sexta-feira (19) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, a Polícia Federal avisou que “nos próximos dias torna-se necessária a oitiva” do presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas de interferências indevidas na corporação.
O aviso ao ministro foi feito pela delegada Christiane Corrêa Machado, coordenadora do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF, que conduz o inquérito contra o presidente. Celso de Mello poderá se posicionar caso queira definir se o depoimento de Bolsonaro será por escrito ou de forma presencial.
O inquérito iniciou após a denúncia do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro em seu pedido de demissão. Moro alega que a demissão do ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, foi conduzida para que Bolsonaro pudesse interferir indevidamente nas investigações.
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Contradições
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, contradisse a justificativa apresentada por Bolsonaro de que suas declarações em reunião ministerial do dia 22 de abril referiam-se a dificuldades na troca de sua segurança pessoal, e não sobre tentativa de troca do superintendente da PF do Rio.
Em depoimento prestado na terça-feira (19), Heleno afirmou que Bolsonaro nunca teve “óbices ou embaraços” para nomear e trocar nomes da equipe de sua segurança pessoal no Rio ou em outro local.
A PF defendeu o arquivamento do caso, o que não foi aceito pelo juiz Flávio Itabaiana.
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