![Policiais e guardas LGBTI+ lançam candidaturas em partidos de esquerda](https://www.socialismocriativo.com.br/wp-content/uploads/2020/10/guarda-municipal-rodrigo-figueiredo.jpg)
Na contramão do militarismo conservador exaltado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um grupo de profissionais de segurança pública querer acabar com a homofobia nessas corporações. Com esse objetivo, agentes LGBTI+ buscaram partidos de esquerda para disputar a eleição.
Os candidatos integram a Renosp LGBTI+ (Rede Nacional de Operações de Segurança Pública LGBTI+), criada para unir policiais e guardas municipais que lutam contra a homofobia em suas corporações. Entre as bandeiras levantadas pelo grupo, a valorização ao direitos humanos e a oposição ao governo de Bolsonaro são as mais fortes.
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Hoje a rede conta com 122 membros e apoia quatro candidaturas a vereador: o guarda municipal Rodrigo Figueiredo (PDT) e o sargento da Marinha Michel Uchiha (PSB) tentam se eleger no Rio de Janeiro; o policial rodoviário federal Fabrício Rosa (PSOL) disputa o pleito em Goiânia; o policial Leonel Radde a vereador em Porto Alegre e o soldado da Polícia Militar Leandro Prior (PT) à frente de uma candidatura coletiva em São Paulo.
“Eles trazem uma visão de segurança muito mais inclusiva e republicana. É inegável a importância dessas candidaturas. Além de ocuparem um espaço político que pessoas LGBTI nunca ocuparam no Brasil, passa a incluir na segurança pública esse olhar sobre a diversidade”, afirma o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal e presidente da Renosp LGBTI+, Anderson Cavichioli.
Dois dos três candidatos —Prior e Fabrício— estão no rol de 579 servidores alvos de relatórios de inteligência elaborados pelo Ministério da Justiça contra policiais antifascistas.
Com informações do UOL