
Um dos principais caldeirões culturais do Brasil, a cidade de Salvador vai receber um Polo de Economia Criativa, empreendimento inédito, nomeado de Doca 1. O pacote de estímulos, que envolve 13 ações e investimentos de R$ 32 milhões, foi anunciado pela Prefeitura de Salvador na segunda-feira (18).
A iniciativa governamental chega para reanimar o setor cultural e criativo, que têm somado prejuízos com a crise do novo coronavírus.
O espaço funcionará no Terminal Marítimo, o bairro do Comércio, e será implantado em parceria com a iniciativa privada e com o apoio do Sebrae.
Em coletiva no dia do lançamento, o prefeito ACM Neto apresentou os pilares do projeto, voltados para os pequenos negócios e a área de inovação. Entre os resultados pensados para o empreendimento, estão geração de emprego, renda e perspectiva de dinamizar os setores econômicos da cidade.
“Não existe no Brasil um polo para fomentar a economia criativa como esse que estamos autorizando aqui hoje, na Baía de Todos-os-Santos, integrado ao Hub Salvador, ao Centro de Recuperação do Turismo e aos novos equipamentos culturais que iremos instalar aqui nessa região do Comércio, como a Casa da História de Salvador”, disse ACM Neto.
Ao explicar como se dará a parceria, o prefeito destacou que o Doca 1 será construído no modelo de negócios “built to suit”, ou seja, caberá à iniciativa privada investir em mobiliário, equipamentos, operação e manutenção do espaço. Para essas ações está previsto o investimento de R$2 milhões. Esses parceiros também deverão atuar como agência de fomento para estimular produções locais, por exemplo, no campo audiovisual.
A Prefeitura, por sua vez, destinará R$7 milhões em recursos para locação por encomenda, infraestrutura e realização de eventos próprios ou patrocinados.
O Doca 1 terá 2.468 m² de área e pelo menos 40 empresas criativas poderão conviver em uma rede de espaços compartilhados. No local acontecerão cursos, oficinas, consultorias e eventos. Além disso, o equipamento também vai contar com diversos curadores de áreas distintas, espaço gastronômico, estúdios, ateliês, restaurante escola, uma praça de eventos e loja conceito.
“É preciso fazer um trabalho de base forte para profissionalizar o setor na cidade e esse é o papel do Doca 1. A estrutura vai receber empresas que tenham potencial para serem alavancadas, além de promover a qualificação de mão de obra, conhecimento sobre gestão, acesso ao financiamento e formação de grupos criativos”, explicou o secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Sérgio Guanabara.