
O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, comunicou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta-feira (26) que colocou seu cargo à disposição. A informação provocou, de imediato, uma corrida política pela sua vaga, afirmou o jornal O Estado de S. Paulo.
A razão de sua saída, ainda não confirmada oficialmente, seria o desentendimento com o presidente após o plano de enxugamento de agências e corte de trabalhadores do banco. O presidente do BB já tinha sido demitido extraoficialmente por Bolsonaro, que depois recuou da decisão.
Desde a semana passada, quando o presidente Jair Bolsonaro demitiu o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e ameaçou com novas mudanças do tipo “tubarão e não bagrinho”, a pressão sobre o executivo aumentou.
Embora tenha informado que pretende ficar no banco até a escolha do seu substituto, a disputa pelo posto já movimenta alguns dos principais grupos políticos da Esplanada.
A ala militar, principal base do governo, apostam no atual secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto Junior, que pode deixar o posto com a posse do novo ministro João Roma. Ele é funcionário de carreira do Banco do Brasil e também foi secretário-executivo da Casa Civil.
Na equipe econômica, a movimentação é em torno de um amigo do ministro Paulo Guedes e dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, Gustavo Montezano, presidente do BNDES. Além de ter passado pela presidência do BNDES, substituindo Joaquim Levi ainda no primeiro ano do governo.
Já dentro do BB, o nome do vice-presidente de agronegócio e governo, João Rabelo Júnior, também é bem visto internamente e tem simpatia de integrantes da bancada do agronegócio. Outro nome que está no radar é o do presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, que tem apoio do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e de integrantes do Centrão.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo