Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Banco do Brasil avalia revisar o plano de enxugamento da instituição, que prevê um programa de demissão voluntária e o fechamento de agências. A informação é da Folha de S. Paulo.
Na quarta (14), Bolsonaro chegou a ameaçar demitir André Brandão do comando do BB. Desde então, o ministro Paulo Guedes (Economia) tentava evitar o desligamento. Também entraram nessa operação o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a ministra Tereza Cristina (Agricultura).
No Planalto, aliados dizem que havia uma forte determinação pela demissão, pois o presidente estaria preocupado com as repercussões negativas sobre o desemprego. Mas após apelos da equipe econômica, o presidente sinalizou a aliados que aceitaria manter Brandão no cargo.
Nas negociações pela manutenção de Brandão, interlocutores de Bolsonaro têm cobrado de Guedes que ao menos parte do plano, que pode provocar a saída de 5.000 funcionários, seja postergada para depois das eleições para o comando da Câmara e do Senado.
O objetivo também é atender à insatisfação de parlamentares e prefeitos preocupados com o fechamento das agências em cidades do interior do país.
Um membro do banco que acompanha o embate afirma que é possível que seja negociado ajuste no programa de enxugamento. A avaliação é que não faria sentido alterar o plano de demissão, mas teria uma chance maior de ser flexibilizada é o fechamento de agências.
Ainda assim, internamente, há a percepção de que o plano é criterioso e foi pensado para não prejudicar os correntistas. Segundo uma fonte, o banco segue o movimento do mercado no sentido de reduzir estruturas físicas e ampliar os canais digitais.
Até o momento, não há mudança oficial no plano apresentado pelo BB. O site interno do programa de demissão de funcionários continua disponível.
Com informações da Folha de S. Paulo
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