
A Avenida Paulista foi palco da união entre as diversas forças progressistas em defesa da democracia. As inúmeras manifestações em todo o país foram sintetizadas pelas ruas tomadas em São Paulo, neste sábado (2). Os socialistas estiveram em peso nas manifestações que pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Até o momento, foram registrados atos em pelo menos 73 cidades, sendo 20 capitais, de 24 estados e do Distrito Federal na Primavera Democrática.
Para derrotar Bolsonaro e sua política de morte, uma ampla frente foi formada para defender a democracia e a população dos arroubos autoritários do atual chefe do Executivo.
Em São Paulo, por volta das 13 horas, dez carros de som ocuparam a via entre os cruzamento com as ruas Pamplona e Consolação. O palco principal foi montado em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Às 15h, pelo menos oito quarteirões estavam tomados pelos manifestantes.
O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou o momento é muito grave e exige união.
“É um desafio grande demais para nossas diferenças nos separarem”, disse durante o ato no Rio, antes de seguir para participar das manifestações em São Paulo.
O líder da Minoria, o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), enfatiza que o momento é de defender a “democracia e a vida”.
Para a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), “a manifestação é um marco da reunião dos partidos políticos construindo uma grande frente com os movimentos para dizer fora Bolsonaro! Impeachment já! Ninguém aguenta mais”.
Em São Luís, o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) foi para as ruas cobrar a saída de Bolsonaro, que “investe o tempo dele e dinheiro público para criar confusão e fazer maldade contra quem trabalha. Basta!”
O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) também está ativo nos atos.
O deputado estadual pelo Rio e ex-ministro da Cultura, Carlos Minc (PSB), foi para a rua lutar “pela democracia e contra o golpismo”.
A deputada estadual do Amapá, Cristina Almeida (PSB), destacou o “desastre que é o atual governo”.
O vereador socialista da cidade de São Paulo, Professor Eliseu Gabriel (PSB), defendeu que é preciso “salvar a democracia” dos ataques de Bolsonaro.
A Juventude Socialista Brasileira (JSB) também tomou as ruas pelo Fora Bolsonaro.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, participou das manifestações, em São Paulo, pela saída de Bolsonaro.

Os manifestantes lembraram os quase 600 mil mortos pela covid-19, número que seria muito menor se Bolsonaro tivesse atuado para proteger a população, não expô-la à doença, como ele faz desde o início da pandemia.
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O país vive o drama de ter mais de 20 milhões de pessoas passando fome e 14,1 milhões desempregados. Somado a isso, as graves denúncias de corrupção investigadas pela CPI da Pandemia e que colocaram o clã Bolsonaro no centro das investigações, mais a alta dos preços dos alimentos, da conta de luz, do gás de cozinha e dos combustíveis.
Também marcaram presença diversos grupos e entidades, como o Movimento Negro Unificado, a Unidade Popular, MTST, a Associação da Parada do Orgulho LGBT, o Bloco Feminista, a Coalizão Evangélica, o Movimento Acredito, a Associação Brasileira de Imprensa e o Esporte pela Democracia. Torcidas organizadas do Corinthians e Palmeiras também marcaram presença.
Com informações do G1 e Brasil de Fato