A Band realizou neste domingo (7) o primeiro debate entre candidatos ao governo em nove estados e no Distrito Federal, porém o foco de muitos deles foi a disputa presidencial. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) foram o foco de em pelo menos três estados e citados em todos eles.
Ao todo os debates reuniram postulantes aos governos na Bahia, Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Além do Distrito Federal.
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Nos três maiores colégios eleitorais do País – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – o debate foi bastante nacionalizado em torno dos presidenciáveis.
Em São Paulo, Fernando Haddad (PT) lembrou de sua atuação como ministro da Educação nos governos de Lula e Dilma Rousseff (PT) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) lembrou de quando foi ministro de Infraestrutura de Bolsonaro.
“Nós abrimos as portas das universidades para a juventude. Programas como Prouni, Sisu, Fies. Melhoramos a educação básica com Fundeb e Ideb. Ampliamos o acesso às creches e melhoramos o ensino fundamental. Hoje, temos uma situação difícil, em especial com o ensino médio. É responsabilidade direta do governador”, disse Haddad.
Vinicius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT) também participaram. Ao responder uma provocação de Tarcísio, Haddad sugeriu aos eleitores que pesquisassem no Google a palavra “genocida”.
“Vai aparecer quem matou 600 mil pessoas por não ter comprado vacina”, disse em referência ao Bolsonaro.
Já o candidato do PSDB, Rodrigo Garcia buscou se apresentar como uma alternativa entre o que chamou de polarização entre esquerda e direita na disputa estadual.
Minas Gerais e Rio de Janeiro
Em Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD) e Lorene Figueiredo (Psol) defenderam a vitória de Lula ainda no primeiro turno e Carlos Viana (PL) dedicou tempo do debate para defender ações do governo Bolsonaro.
O atual governador, Romeu Zema (Novo), não compareceu ao debate e enviou um comunicado à Band, alegando problemas de saúde. O candidato do PSDB, Marcus Pestana, também participou. Mesmo ausente, Zema foi alvo de críticas em todo o debate.
Foi o candidato do PL, Carlos Viana, quem defendeu Bolsonaro citando de maneira positiva a privatização da Eletrobras e a sanção do piso salarial da enfermagem.
No Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB) buscou ligar o atual governador Cláudio Castro (PL) ao atual presidente Jair Bolsonaro. Porém, o candidato bolsonarista ignorou o nome do presidente durante todo o debate.
Paulo Ganime (Novo) e Rodrigo Neves (PDT) também participaram do debate, que teve como temas centrais as políticas de segurança pública e denúncias sobre cargos secretos no governo do Rio.
Freixo destacou que “com Bolsonaro na Presidência e Cláudio Castro no governo”, o Rio “voltou ao mapa da fome”. Disse, ainda, que “ao lado de César Maia, com uma união dos partidos democráticos e com Lula na Presidência, a gente vai colocar o Rio de Janeiro de pé”.
Se houver um segundo turno, a Band irá realizar um novo debate no dia 5 de outubro e no dia 28 de agosto, a emissora vai promover o primeiro debate entre os presidenciáveis.