Mostrando a força política no incentivo à participação da mulher nos espaços de poder e decisão, para as eleições deste ano, o PSB possui em torno de 420 mulheres candidatas aos cargos de deputadas federais, estaduais e distritais, vice-governadoras e senadora, em todas as regiões do país.
Um crescimento de 136 candidaturas ou 48% em comparação com o pleito de 2018, quando foram lançadas 284 mulheres aos cargos nas Assembleias, Congresso Nacional e governos.
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Segundo a secretária Nacional de Mulheres do PSB, Dora Pires, esta é uma eleição decisiva para a democracia. “Costumo dizer que são as eleições mais importantes de nossas vidas. O que está em jogo não é apenas a disputa de um partido contra outro, mas a luta pela vida, pela dignidade, pela manutenção da democracia, contra o fascismo e a barbárie.
Talvez, por isso, essas sejam as eleições com o maior número de mulheres concorrendo. Claro que aí há também mulheres reacionárias que seguem a linha de pensamento do atual presidente. Mas também mostra que a brasileira está mais atenta e partícipe dos debates políticos”, afirmou.
Dora destacou que a Secretaria Nacional de Mulheres (SNM) do PSB trabalha intensamente para a preparação das candidatas. “Desenvolvemos a plataforma digital ‘+ Mulheres Socialistas Eleitas’, que reúne aulas e materiais de apoio desenvolvidos por grandes consultoras. Além disso, no final de julho, realizamos o Encontro Nacional de Pré-Candidatas do PSB, que contou com a participação de 250 mulheres com objetivo de reforçar a participação das mulheres na política brasileira e também de qualificá-las para este momento decisivo”, explicou.
A secretária afirma que o PSB possui candidatas capacitadas e com estratégias para efetivar políticas públicas que atendam a população nos Estados brasileiros e que a expectativa do segmento está na diversidade de cada uma.
“É essa diversidade que vai fazer a diferença no país, que vai falar com cada pessoa de cada local do Brasil, e não só com uma classe, gênero ou religião. Queremos uma política inclusiva, com mulheres diversas e que tenham voz e falem, principalmente, com essas pessoas em estado de invisibilidade, pois é para elas que queremos levar, também, a política brasileira. São elas que estão precisando mais ainda das ações de seus Estados para serem, de fato, incluídas dentro da sociedade”, ressaltou.
As pautas prioritárias das mulheres dentro do Congresso, das Assembleias e dos governos são relacionadas ao combate à violência de gênero, à segurança, à saúde, à educação, à geração de emprego e renda e à inclusão de pessoas com deficiência.
“Essas são pautas caras para as nossas candidatas, só para citar algumas. Mas, para cada Estado dar atenção necessária a esses assuntos, precisamos trabalhar muito para eleger nossas candidatas a deputadas estaduais e federais”, acrescentou Dora Pires.
Para ela, a presença de cada candidata eleita do PSB está justamente na ideia de reestruturar a política brasileira, criando um conjunto de ações que favoreçam, principalmente, as pessoas mais vulneráveis. “É impossível criar estratégias para amparar o povo, sem conhecer o povo.
Sem saber a necessidade que cada pessoa passa diariamente. As candidatas do PSB nessas eleições querem levar o conhecimento diário para as discussões no Congresso e nas Assembleias. Garantir mais direitos às mulheres, mais acesso a escolas e espaços de cultura a crianças e jovens. Costumamos dizer que uma mulher líder inspira outras meninas a sonharem”, pontuou.
A meta principal da SNM é aumentar a participação das mulheres dentro da política com o olhar e o ideário socialista, construindo uma democracia onde as barreiras do machismo sejam quebradas. Pois apenas assim, ressalta a secretária nacional, com a participação efetiva de mulheres nos espaços de poder é que conseguiremos combater a violência política de gênero, além de outras batalhas travadas pelas mulheres do PSB.
Dora Pires critica o cenário político do Brasil, estruturado em torno da manutenção do machismo, e afirma que as mulheres não podem continuar distantes das casas legislativas.
“Se as mulheres são a maioria do eleitorado e da população é mais que urgente eleger mulheres capazes de fazer o enfrentamento, o debate de ideias, além de propor projetos de leis e políticas públicas com a marca do PSB.
Não à toa, fizemos o Congresso Constituinte da Autorreforma do partido nesse ano, que foi um excelente momento para debatermos o Brasil que queremos: com comida no prato, mulheres vivas, juventude nas escolas, meio ambiente preservado e incentivo à pesquisa e tecnologia. As mulheres podem e devem ocupar todos os espaços de poder e decisão”, finalizou.