Holanda, EUA e Reino Unido expressarem am insatisfação com as políticas do governo, em especial na agenda ambiental
A agenda ambiental tem feito o governo de Jair Bolsonaro acumular rejeições em âmbito internacional. A questão do meio-ambiente, relacionada à agricultura no Mercosul, foi o principal argumento para o parlamento holandês aprovar na quarta-feira (3) moção contra a ratificação do acordo comercial da União Europeia (UE) com o Mercosul.
Para a maioria dos parlamentares, o acordo comercial, anunciado em 2019, não deve se concretizar.
A preocupação da Holanda com enfraquecimento da proteção ambiental no Brasil coincidiu com recente relatório publicado pelo Parlamento Europeu sobre a floresta Amazônica. A mensagem política, conta o Valor, deixa clara a oposição à política ambiental brasileira.
O relatório destaca a taxa de desmatamento da Amazônia e afirma que a violação de programas indígenas desafiam “a confiança global no compromisso do país em relação a acordos internacionais”.
“Fortes objeções ao acordo”
Nos EUA, um grupo de 24 deputados membros do principal comitê sobre impostos da Câmara estadunidense, o “Ways and Means Committee“, manifestaram em carta “fortes objeções a buscar acordo comercial ou parceria econômica ampliada com o presidente Jair Bolsonaro”.
Os parlamentares democratas consideram que o governo Bolsonaro “desrespeita o Estado de Direito e desmantela ativamente o árduo progresso nos direitos civis, humanos, ambientais e trabalhistas”.
Como exemplo dessa postura citam as declarações depreciativas contra mulheres, populações indígenas, orientação sexual e o ‘desejo’ de enfraquecer proteções trabalhistas e o ambiente.
O Brasil de Bolsonaro “não estaria preparado com credibilidade para assumir novos padrões para direitos trabalhistas e proteção ambiental estabelecidos no acordo EUA-México-Canadá”, disse os democratas.
E outra sinalização dessa aversão ao presidente da República veio do Reino Unido. Recentemente, associação de varejistas do país deflagrou alerta sobre a proteção ambiental e produção brasileira, que indica a paralisação de importações. A diplomacia brasileira interpretou o sinal como um recado de que haverá retaliações caso o “Projeto da Grilagem” seja aprovado.
Com informações do Valor.