
O Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,40% em outubro na comparação com setembro, segundo dado dessazonalizado. O dado foi informado ao mercado nesta quarta-feira (15) e confirma o quadro de “recessão” sentido no país.
Na comparação entre os meses de outubro de 2021 e de 2020, houve retração de 1,48% na série sem ajustes sazonais. Com isso, a série histórica registrou 137,78 pontos no décimo mês, o pior desempenho para o período desde 2017 (135,99 pontos).

E apesar das expectativas ruins, o resultado de outubro reforça a atividade fraca no quarto trimestre, após números decepcionantes divulgados recentemente sobre os setores de serviços, comércio e indústria para o mês.
Mais ainda, ressalta a crise econômica, uma vez que, no terceiro trimestre, a economia brasileira entrou em recessão técnica ao registrar retração pela segunda vez seguida. O PIB, divulgado pelo IBGE, registrou queda de 0,1% entre julho e setembro.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. De acordo com o professor do departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), José Luis Oreiro, embora se trate de prévia do PIB, os dados do IBC-Br revelam a queda da economia brasileira.
“A economia brasileira se encontra em recessão. O que os dados de hoje mostram é que teremos novas contrações do PIB em 2021, o que levaria a economia brasileira a uma recessão de verdade”. José Luis Oreiro
Nesse cenário, o mercado de trabalho está ainda mais ameaçado. “As implicações são graves para o mercado de trabalho em 2022. Para que haja alguma esperança de criação dos postos de trabalho, a economia precisa crescer.
Com isso, o mercado de trabalho e a segurança financeira dos brasileiros está ainda mais ameaçada. “As implicações são graves para o mercado de trabalho em 2022. Para que haja alguma esperança de criação de renda e emprego, a economia precisa crescer. Com a recessão, não apenas não iremos criar novos postos de trabalho como vamos ter aumento das demissões”, explica o professor.
Ainda de acordo com o professor, pelos dados do Banco Central, a continuidade do processo da elevação da taxa de juros impacta o poder de compra dos trabalhadores. “Mais ainda, também contração da massa salarial que vai impactar as empresas, que deverão optar por novas demissões. Tudo indica que o primeiro semestre de 2022 vai ser muito ruim, com o aumento do desemprego, da miséria e da fome”, analisa.
“Já faz algum tempo que a gente não consegue crescer”, acrescenta o professor William Baghdassarian professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). “Atualmente, temos um agravante que é o poder Executivo, que traz incertezas para o mercado. Os investidores estão inseguros para realizar novos investimentos, desde os grandes até os pequenos”, finaliza.
Projeção
A projeção atual do Banco Central para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. O próximo RTI será divulgado nesta quinta-feira (16). Até outubro, o IBC-Br acumulou alta de 4,99% em 2021 até outubro, informou a autoridade monetária.
Na comparação entre os meses de outubro de 2021 e de 2020, houve retração de 1,48% na série sem ajustes sazonais. Com isso, a série histórica registrou 137,78 pontos no décimo mês, o pior desempenho para o período desde 2017 (135,99 pontos).
Leia também: PIB do terceiro trimestre cai e Brasil entra em recessão
E apesar das expectativas ruins, o resultado de outubro reforça a atividade fraca no quarto trimestre, após números decepcionantes divulgados recentemente sobre os setores de serviços, comércio e indústria para o mês.
Mais ainda, ressalta a crise econômica, uma vez que, no terceiro trimestre, a economia brasileira entrou em recessão técnica ao registrar retração pela segunda vez seguida. O PIB, divulgado pelo IBGE, registrou queda de 0,1% entre julho e setembro.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
A projeção atual do Banco Central para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. O próximo RTI será divulgado nesta quinta-feira (16). Até outubro, o IBC-Br acumulou alta de 4,99% em 2021 até outubro, informou a autoridade monetária.