O Brasil registrou 3.251 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas, o número mais letal desta pandemia, e chegou ao 298.676 mortos pela doença, segundo informações divulgadas pelo boletim das 18 horas do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Esta é primeira vez que o Brasil passa de 3 mil mortes em um único dia. O recorde anterior era da última terça (16), quando foram registrados 2.841 óbitos.
Os números desta terça elevaram as médias móveis de casos e de mortes a novos patamares macabros. A média móvel de casos subiu para 76.545 confirmações em média por dia, enquanto a média de mortes passou para 2.436 óbitos por dia. O país também registrou 82.493 novos casos da Covid-19 em 24 horas, somando agora 12.130.019 infecções desde o início da epidemia.
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 142,1 no Brasil, a 18ª mais alta do mundo, quando desconsiderados os países nanicos San Marino, Liechtenstein e Andorra.
O estado de São Paulo também registrou recorde de mortes no mesmo período. Em 24 horas, foram 1.021 óbitos notificados, o equivalente a três mortes a cada quatro minutos.
Estreia de ministro em meio à crise da Covid-19
O “recorde” ocorre no primeiro dia da gestão do novo ministro da Saúde, o médico cardiologista Marcelo Queiroga, que tomou posse na tarde desta terça-feira (23) em cerimônia fora da agenda oficial. Na mesma publicação em que o nome de Queiroga foi oficializado à frente da pasta, o general Eduardo Pazuello foi exonerado do cargo.
De acordo com a CNN Brasil, ainda nesta terça, o cronograma de vacinação brasileiro registrou uma queda de 10 milhões de doses na previsão de imunizantes contra a Covid-19 para distribuição em abril. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reduziu a estimativa de entregas em 9 milhões, enquanto o primeiro lote de doses da Pfizer saiu da previsão oficial.
Em noite de pronunciamento
Nesta noite, fontes ligadas ao Planalto confirmaram que Jair Bolsonaro fará um discurso em cadeia nacional de rádio e televisão às 20h30. Segundo interlocutores, a intenção é defender as ações encabeçadas pelo governo federal no combate à pandemia e sobre a substituição no comando do Ministério da Saúde.
Mais cedo nesta terça, Bolsonaro sofreu uma derrota importante no Supremo Tribunal Federal (STF) ao ver rejeitada pelo ministro Marco Aurélio Mello uma ação proposta pelo presidente contra medidas restritivas de circulação adotadas na Bahia, no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 29,9 milhões de casos e mais de 543 mil óbitos.
Ao todo, mais de 123,9 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o coronavírus no mundo, e 2,7 milhões de pacientes morreram em decorrência da doença.
Com informações da CNN Brasil e DW Brasil