
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou o quarto caso de variante ômicron do novo coronavírus em São Paulo em condições de transmissão doméstica, na tarde de sábado (11). O infectado é um homem de 67 anos, morador da capital paulista, que não viajou para o exterior, ao contrário dos casos anteriores, de pessoas vindas da África. Enquanto a infecção avança, as instituições aguardam o governo federal emitir portaria para normatizar a exigência do passaporte da vacina para visitantes estrangeiros, como determinou o Supremo Tribunal Federal no último sábado (11).
De acordo com o governo de São Paulo, o paciente tem esquema vacinal completo, tomou a dose de reforço com Pfizer, e apresenta apenas sintomas leves, como calafrio, segundo o governo estadual. Ele se encontra em isolamento domiciliar. O diagnóstico positivo para a Covid-19 foi no dia 7 de dezembro, com um teste RT-PCR. A amostra foi submetida a sequenciamento genético, confirmando infecção pela variante Ômicron.
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Anda de acordo com o governo, é precipitado confirmar a situação já configura transmissão local. A Vigilância municipal de São Paulo está buscando as pessoas com quem o homem teve contato. Com essa análise será possível identificar se é um caso isolado ou não.
Passaporte da vacina
A determinação foi dada no último sábado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ainda não foi cumprida pelo governo federal. Pela decisão do ministro, todos os viajantes que chegarem ao Brasil vindos do exterior terão de apresentar o passaporte da vacina, com a imunização completa contra a covid-19.
A decisão contraria o presidente Jair Bolsonaro (PL), que é contra a exigência de comprovante de imunização para quem chegar ao país. Apesar de ter sido uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tentar conter a disseminação da variante ômicron, da covid-19.
No entanto, nesta segunda, o governo ainda não publicou a portaria. No domingo (11), uma reunião ocorrida no Palácio do Planalto discutiu por mais de quatro horas essa possibilidade. A Casa Civil confirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que se reuniram representantes da Casa Civil, Ministério da Saúde, Infraestrutura e Relações Exteriores, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Advocacia-Geral da União (AGU), que analisa possível recurso à decisão do ministro. Segundo apurou a reportagem, a AGU vai esperar a notificação do STF para avaliar a possibilidade de recorrer.
A nova portaria, segundo a Casa Civil, deve ser publicada o mais rápido possível, já que a decisão de Barroso passa a valer a partir da notificação dos órgãos do governo envolvidos no controle das fronteiras. A comunicação oficial deve sair do STF nesta segunda-feira, 13.
Com informações do Estadão