
Socialistas reagiram aos atos pró-voto impresso nas redes sociais. O governador do Maranhão Flávio Dino (PSB-MA) citou em um tweet que os filósofos “Locke e Montesquieu ensinam-nos que somente o poder limita o poder”. Para o socialista, os Poderes devem conter a pregação sobre o cancelamento das eleições de 2022 para defender a democracia enquanto há tempo.
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse na internet que “Bolsonaro criou um espetáculo em torno do voto impresso para tumultuar as eleições e evitar sua derrota em 2022”. O socialista ainda deixou claro que a Oposição não ira ceder e vai derrotar a PEC do voto impresso.
O líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Marcelo Freixo (PSB-RJ), ressaltou no Twitter que o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) se elegem há 20 anos com o voto eletrônico.
O socialista questionou o motivo pelo qual a família Bolsonaro está “atacando” o uso da urna eletrônica somente agora. Freixo completou dizendo que Bolsonaro não quer transparência, e sim, desqualificar o sistema eleitoral porque sabe que será derrotado nas eleições de 2022.
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) criticou Bolsonaro pela insistência em querer a volta do voto impresso. A socialista escreveu nas redes sociais: “O presidente que pede voto impresso por uma suposta transparência e é o Rei do Sigilo dos 100 anos”.
O deputado Carlos Minc (PSB-RJ) destacou nas redes sociais o fato de Bolsonaro defender uma suposta transparência nas eleições, mas impor sigilo de 100 anos sobre informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome dos filhos políticos.
O presidente do Partido Socialista Brasileiro no Distrito Federal, Rodrigo Dias (PSB-DF) ironizou o voto impresso no Twitter. O socialista afirmou que voltar ao voto impresso é como se abolíssemos o PIX (forma de transferência bancária ou pagamento feita por tecnologia de aplicativo) e voltássemos a era dos talões de cheques (forma de pagamento analógica).
Atos pelo voto impresso não mudaram nada
Líderes do grupo de partidos que se formou para barrar a PEC do voto impresso no Congresso dizem que as manifestações deste domingo (1º) e as ameaças golpistas disparadas por Jair Bolsonaro não tiveram resultado.
“Efeito zero. Não muda nada. Estamos seguros de que o voto impresso não é necessário. Confiança total nas urnas eletrônicas”, diz Paulinho da Força, do Solidariedade. “No PSD continuamos firmes contra”, diz Gilberto Kassab.
Segundo a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, os partidos PSDB, MDB, PP, DEM, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD e Avante se uniram para derrubar a PEC já na Comissão de Constituição e Justiça.
O Republicanos posteriormente se afastou da iniciativa, mas mesmo sem ele os presidentes das siglas calculam ter 22 votos na CCJ atualmente —eles precisam de 18 para barrar o projeto.