
Um dos mais notórios advogados criminalistas do Brasil, Augusto Botelho (PSB), disse que é um “franco apoiador” da chapa formada por Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) para disputar a presidência e a vice, em outubro. E reforçou que o momento é “democracia ou barbárie”.
“Mesmo com a saída de Bolsonaro o bolsonarismo ficará no Congresso, agora com seus ‘irmãos siameses’ lava-jatistas Moro e Dallagnol. Precisamos reconstruir o país, reconstruir o Congresso”, afirmou em entrevista ao jornalista Leonardo Attuc, da TV 247.
Sobre Moro, aliás, declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), destaca que os desmando cometidos pelo ex-juiz já eram públicos e notórios.
Botelho, que presidiu o Instituto de Defesa do Direito de Defesa e faz parte do Grupo Prerrogativas, também falou sobre a atuação do ex-juiz suspeito Sergio Moro.
“Ele está longe de ser um desconhecido para quem começou a atuar nos anos 2000. Os desmandos dele já estavam presentes no Banestado. Meu primeiro artigo sobre os abusos da Lava Jato foi em 2014, quando apontei que prisões preventivas eram uma forma de tortura para forçar delações. A força-tarefa da Lava Jato e o ex-juiz Moro não tiveram o cuidado de preservar os empregos”, afirmou durante a entrevista.
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Lula
Augusto Botelho afirma que, apesar do negacionismo de alguns setores sobre a inocência de Lula, não há “sentença condenatória” porque sequer existe o processo contra o petista.
“Para dizer que Lula não é inocente é preciso reescrever a Constituição. Lula não tem sentença condenatória, não tem sequer processo”, defende.
Sobre a decisão de entrar para a política, Botelho afirma que foi movido por dois fatores.
“Entrar na política é sair da zona de conforto”, diz Arruda Botelho. “Tive medo de um novo golpe de estado no Brasil em 7 de setembro do ano passado”.