O candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), declarou que os ataques promovidos pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas são inaceitáveis.
A declaração foi dada durante o Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em Brasília.
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“O fato é que nós retrocedemos na questão democrática. É inaceitável você em pleno século XXI estar discutindo urna eletrônica, democracia. Inacreditável. Uma agenda errada, ultrapassada”, disse.
O ex-governador de São Paulo disse que o governo federal deveria se concentrar na economia e na educação e não em atacar urnas eletrônicas. “O que tem é focar no emprego, renda, agenda de competitividade, reforma tributária, simplificação tributária, custo de capital, logística, educação de qualidade, pesquisa e inovação”.
Em outra crítica a Bolsonaro, Alckmin criticou as flexibilizações ao acesso de armas promovidas pelo atual governo.
“Arma é para profissional. É dever do Estado proteger a população. Proliferar arma você vai pôr mais risco na população e acaba na mão do bandido”, declarou. Para o ex-governador, existem outros caminhos para melhorar a segurança pública. “A questão da segurança pública é inteligência policial, tecnologia, armamento, foco e resultado”.
Alckmin também disse que é preciso ter atenção para a preservação ambiental e mudança climáticas no Brasil. Detacou a importância do tema para o mercado internacional.
“Hoje o maior perigo para o agro é a devastação da Amazônia, pode ter um entrave das vendas do agro para o mundo. O Brasil é o celeiro do mundo em razão das questões ambientais. É inacreditável ter uma devastação. Não é pelo agricultor, é por grilagem de terra”.
O candidato do PSB falou também que precisa destinar mais recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos que buscar a solução para a questão do financiamento. Há uma crise fiscal grave e que vai se agravar ano que vem. Mas governar é escolher. Temos que escolher a vida das pessoas, escolher o SUS, os que precisam mais”, apontou.