
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), que é candidato a vice-presidente na chapa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu as discussões sobre mudanças na legislação trabalhistas junto ao empresariado.
O pedido foi do próprio petista e aliados que apontam a presença do assunto em muitas das conversas com empresários. Em caso de eleição, Lula e Alckmin se comprometeram a fazer uma discussão ampla com o setor sobre as mudanças antes de propor qualquer mudança nas regras trabalhistas.
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A chapa Lula-Alckmin tem tido grande representatividade junto ao empresariado, por isso o diálogo sobre a reforma trabalhista com o setor ganhou contornos concretos.
Alckmin passou a ser o porta-voz do posicionamento da chapa a respeito do tema em todos os eventos dos quais participa sozinho.
Em evento fechado com cerca de 20 representantes de grupo de líderes empresariais, Alckmin disse que as propostas não iriam rever o princípio do “acordado sobre o legislado”, base da reforma trabalhista aprovada no governo Temer.
O ex-governador garantiu também que não haverá a volta do imposto sindical. Lula também já se posicionou sobre a questão.
“A gente não precisa de imposto sindical. O que a gente quer é que seja determinado, por lei, que os trabalhadores e a assembleia livre e soberana decidam qual é a contribuição dos filiados”, disse Lula.
Do outro lado, as centrais sindicais cobram que haja alguma contribuição e cláusulas na Reforma que estimulem a sindicalização e negociação coletiva.
Nova legislação
O programa de governo da chapa Lula-Alckmin fala em uma nova legislação trabalhista, que leve em consideração os trabalhadores autônomos, domésticos, a realidade do teletrabalho e de apps.
Além de respeitar as “decisões de financiamento solidário e democrático da estrutura sindical”. O PT fez uma revisão da proposta de “revogaço” na reforma trabalhista de Temer, mas o assunto continua sendo sensível junto ao empresariado.
Alckmin, recebeu por isso, a missão de ampliar a interlocução com representantes do agronegócio, da saúde, do mercado financeiro e da cultura.