No mesmo dia em que o governo de São Paulo anunciou o calendário da vacinação contra Covid-19, a pressão sobre o Governo Federal acelerou os contratos para a vacina. O Ministério da Saúde informou que avançou nas negociações de 70 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela farmacêutica americana Pfizer e a alemã Biontech.
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O total previsto no contrato, para início em 2021, é suficiente para 35 milhões de brasileiros – são necessárias duas doses para cada pessoa. A eficácia relatada pela farmacêutica é de 95%.
“Os termos já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana com a assinatura do memorando de intenção”, disse o ministério, que se reuniu com representantes do laboratório para tratar do memorando. A pasta não informou o valor da negociação ainda.
Uma das barreiras que teria atrasado a negociação foi temperatura de 70 graus negativos para armazenamento da vacina da Pfizer. Mas a empresa diz ter plano: uma embalagem para 5 mil doses, com temperatura controlada, que usa gelo seco. A vacina duraria 15 dias.
A gestão de Jair Bolsonaro anunciou semana passada que previa iniciar a vacinação só em março, o que motivou críticas já que na Europa e países da América Latina, autoridades têm previsto o início das campanhas ainda este ano. O Reino Unido, por exemplo, iniciou hoje.
O governo havia apostado quase que exclusivamente na vacina da Universidade de Oxford, que têm parceria com a Fiocruz (100,4 milhões de doses). No entanto, os cientistas admitiram erros e a necessidade de ampliar testes para medir a eficácia, o que deve atrasar o registro.
Há ainda a garantia de doses para 10% da população pela Covax (42,5 milhões de doses), consórcio liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas ainda sem prazo.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo