Por Henrique Rodrigues
Denúncia durante a COP26: uma imagem inusitada e assustadora foi transmitida para os líderes mundiais e cientistas que participam da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26). Trajado com terno e gravata, o ministro da Justiça, Comunicação e Relações Exteriores de Tuvalu, uma minúscula nação insular localizada em meio ao Oceano Pacífico, discursa num púlpito dentro do mar, com água acima do joelho.
Essa foi a forma encontrada pelo país de pouco mais de 11 mil habitantes de chamar a atenção da COP26 para o problema do aquecimento global, já que Tuvalu, de acordo com estudos científicos, será um dos primeiros lugares do mundo a desaparecer com a elevação do nível dos oceanos.
Denúncias durante a COP26
O governo do arquipélago, que é membro da comunidade britânica de nações, a Commonwealth, frisou que a medida serviu para denunciar “as situações da realidade enfrentada em Tuvalu devido os impactos das mudanças climáticas e do aumento do nível do mar”.
Uma estimativa do Banco Mundial, amparada em estudos climáticos de renomadas instituições científicas, aponta que nos próximos 30 anos uma população de 216 milhões de pessoas precisará ser removida de costas pelo mundo afora por conta da subida do nível do mar, ocasionada pelo aquecimento da Terra. No entanto, o caso de países como Tuvalu, Fiji e Tonga, no Pacífico, é mais desesperador: como estão poucos metros acima do nível do mar, devem desaparecer dentro de 10 ou 15 anos.
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