Menos de um mês após deixar a Presidência e fugir para os Estados Unidos para evitar passar a faixa para o sucessor, Lula, Jair Bolsonaro (PL) se tornou uma presença “tóxica”, segundo reportagem de Thiago Amâncio, na edição desta quinta-feira (26) da Folha de S.Paulo, e foi ignorado até mesmo por aliados próximos que estiveram na Flórida durante as férias.
O apresentador do SBT, Carlos Ratinho Massa passou o mês de janeiro em uma casa no mesmo condomínio onde está a mansão de José Aldo, onde Bolsonaro está hospedado, mas não visitou – e disse que não teve nem mesmo interesse em visitar – o aliado, para quem fez campanha em 2022.
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“Acho que ele está aqui descansando, acho que veio para se afastar das pessoas, por que eu iria lá incomodar? Tem [muita gente lá na porta], mas são os fanáticos, aqueles que não têm oportunidade de falar com ele. Eu tenho a oportunidade de falar com ele a hora que eu quiser”, disse o apresentador do SBT à Folha.
Aliadas de primeira hora, as deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP) também estiveram em Miami na última semana, mas não procuraram o ex-presidente.
Kicis disse que ficou “só três dias em Miami, mais encontrando amigos” e por isso não visitou o ex-presidente. Já Zambelli evitou contato com Bolsonaro que a culpa pela derrota nas eleições após a deputada sacar a arma no meio da rua contra um homem negro na véspera do segundo turno.
Ex-vice, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi outro que esteve nos EUA e não se encontrou com Bolsonaro, que também não recebeu nem ao menos um telefonema do ídolo Donald Trump.
O ex-presidente dos EUA teria convidado Bolsonaro para passar o réveillon em sua mansão em Mar-a-Lago, mas o brasileiro teria preferido se isolar na véspera da posse de Lula.