por: Mônica Oliveira Postado em: 02/04/2020 - 12:14 Atualizado em: 25/06/2021 - 17:04
O presidente Jair Bolsonaro foi o assunto mais comentado no Twitter, com a hashtag #BolsonaroDay, na manhã dessa quarta-feira (1/04). A insatisfação com o presidente reverberaram nos tuítes de várias lideranças sociais e políticas do país.
Desta vez o vexame envolvendo o presidente ocorreu em alusão irônica ao dia da mentira comemorado neste dia.
Segundo o Metrópoles, por volta das 11h40, mais de 25 mil mensagens haviam sido publicadas sobre o assunto.
A mobilização virtual aumentou de proporção após Bolsonaro compartilhar em suas redes sociais que a Central de Abastecimento (Ceasa), de Belo Horizonte, estaria supostamente desabastecida, em função do isolamento contra a pandemia de Covid-19. As medidas de isolamento determinadas por prefeitos e governadores têm sido criticadas pelo presidente.
Na verdade, a Ceasa da capital mineira está funcionado e não registrou desabastecimento de produtos.
A antropóloga e professora universitária Debora Diniz aderiu aos protestos.
“Fatos de uma pandemia para governo Bolsonaro não é a ciência em tempo real de modeladores matemáticos. É um vídeo de um tipo qualquer sobre o mercado vazio de um lugar qualquer”, escreveu.
Fatos de uma pandemia para governo Bolsonaro não é a ciência em tempo real de modeladores matemáticos. É um vídeo de um tipo qualquer sobre o mercado vazio de um lugar qualquer.
— Debora Diniz (@Debora_D_Diniz) April 1, 2020
O ator Fábio Assunção ironizou a data, engrossando o movimento contra o presidente . “Que dia é hoje? Afinal, desde 1º de janeiro de 2019, tem sido primeiro de abril no Brasil”, criticou.
Que dia é hoje?
— Fabio Assunção (@FabioAssuncao) April 1, 2020
Afinal, desde 1 de janeiro de 2019, tem sido primeiro de abril no Brasil. #BolsonaroDay
Em outra linha, a União Nacional dos Estudantes (UNE) resgatou algumas mentiras famosas do Bolsonaro. “Kit gay, gripezinha, nazismo de esquerda, queimadas na Amazônia foram ONGs. Qual a pior mentira do Bolsonaro?”, questionou.
Kit gay, gripezinha, nazismo de esquerda, queimadas na Amazônia foram ONGs. Qual a pior mentira do Bolsonaro? #BolsonaroDay
— UNE (@uneoficial) April 1, 2020
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) reclamou da atuação do presidente. “Com esse criminoso na Presidência, todo dia é dia da mentira”, reviveu.
A ex-candidata à Presidência Manuela D’Ávila (PCdoB) ironizou o caso envolvendo a Ceasa de Belo Horizonte. “Bolsonaro começa seu 1º de abril fazendo o que faz de melhor: mentindo”, publicou.
Com esse criminoso na presidência, todo dia é dia da mentira. #BolsonaroDayhttps://t.co/orz449qa6J
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) April 1, 2020
Panelaço
No último 31/3 o presidente foi alvo de mais um panelaço enquanto fazia pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.
Na ocasião, Bolsonaro tentou justificar sua atitude de estimular a população a sair de casa para trabalhar, tirando de contexto, e distorcendo uma frase do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.
O presidente afirmou que Tedros tinha ressaltado a importância das pessoas voltarem ao trabalho, o que foi desmentido pelo diretor da OMS. Na frase, Tedros explica a necessidade de governos darem apoio a trabalhadores informais durante a crise.
A postura de Bolsonaro, contrária às restrições recomendadas por autoridades para minimizar a circulação do vírus, tem provocado criticas desde o início do isolamento social para frear o Covid-19.
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