
A marginalização e as vulnerabilidades impostas à comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo (LGBTI+) colocam essas pessoas entre as mais expostas à pandemia da Covid-19.
Um dos maiores desafios para governos, empresas, organismos internacionais e demais atores envolvidos é garantir que as medidas de apoio para mitigar o impacto socioeconômico desta crise tenham como foco esta parcela da população, comprovadamente mais propensa ao desemprego e à pobreza que a população em geral.
Muitas pessoas LGBTI+ trabalham no setor informal e não têm acesso a licença médica remunerada, indenização por desemprego e nem cobertura de proteção social. A pandemia de Covid-19 torna este quadro ainda mais grave, impondo desafios até então inimagináveis para esta parcela da população.
Como parte das celebrações do Dia Internacional contra a LGBTIfobia, comemorado em 17 de maio, conhecido pela sigla em inglês IDAHOBIT (International Day Against Homophobia, Biphobia, Interphobia & Transphobia), a ONU Brasil reforça seu compromisso com a proteção dos direitos humanos das pessoas LGBTI+ e com a campanha do acesso dessas populações ao mercado de trabalho, através de empregos dignos e do respeito à diversidade.
A web-série Capital Trans, criada no Brasil pela campanha da ONU Livres & Iguais, em parceria com a iniciativa #ZeroDiscriminação, do Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/AIDS (Unaids), busca inspirar as pessoas para estas ações por meio do compartilhamento de exemplos de empresas empenhadas no enfrentamento à discriminação contra pessoas trans no ambiente de trabalho, no mercado e na comunidade.
Diversas empresas têm desenvolvido ações específicas para atrair pessoas trans para suas vagas, buscando, ao mesmo tempo, sensibilizar seus funcionários para a importância desse acolhimento.