
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (01), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reforçou a autonomia dos diretórios estaduais do partido para escolher seus próprios candidatos nas eleições.
“Primamos muito uma coisa essencial, que se não tiver, não podemos nos chamar nem de partido, que é a autonomia, a capacidade de tomar as próprias decisões e de escolher seus próprios candidatos”, disse em resposta a uma pergunta sobre as divergências com o PT em alguns estados.
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Siqueira chegou a comentar sobre a divergência de nomes no Rio de Janeiro em relação à vaga no Senado Federal. O PT lançou o presidente da Alerj, André Ceciliano, e cobra que o socialista Alessandro Molon desista da candidatura, que já foi confirmada.
Porém, durante a convenção estadual do PSB no Rio, Molon disse que não pretende recuar. “Não tem volta: vamos até o fim na luta pelo nosso Estado no Senado! Temos tudo para derrotar o bolsonarismo no nosso Estado sem concessões ou ambiguidades. Agradeço demais por todo o apoio e carinho que tenho recebido”, garantiu.
“O que nós sugerimos para o Rio é que o PT fizesse o mesmo que fez em Minas Gerais. O PT tem outro candidato e não estou aqui julgando, cada partido escolhe os seus, mas não foi possível fazer isso. A convenção foi feita e o Molon está escolhido. Se ele [Molon] se convencer em retirar a candidatura, ele retira. Se não, eu não tenho o que fazer”, disse.
Em Minas Gerais, o PT abriu mão de lançar candidaturas próprias para apoiar os candidatos do PSD, Alexandre Kalil ao governo do estado e Alexandre Silveira ao Senado. O PSB também está na coligação.
O presidente do PSB já havia manifestado anteriormente apoio à candidatura de Molon. “Eles [os petistas] sabem do nosso esforço por alianças em todos os estados. Não fariam isso”, disse Siqueira ainda no início de julho.