Com o atraso na chegada dos insumos para a fabricação das vacinas contra a Covid-19 podendo causar a paralisação da imunização, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tenta apaziguar desentendimento diplomático com a China. Na quarta-feira (20), ele se reuniu com o embaixador da China, Yang Wanming, segundo informações divulgadas pela revista Veja.
De acordo com o Twitter oficial da representação diplomática chinesa, na reunião por videoconferência Pazuello e o embaixador chinês conversaram sobre a “cooperação antiepidêmica e de vacinas entre os dois países”.
Pazuello e os atrasos na entrega
Os ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) necessários para a produção das vacinas que serão produzidas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz vêm da China e ainda não chegaram ao Brasil. Ontem, em nota, a Fiocruz admitiu já trabalhar com um atraso na entrega das doses.
O plano nacional de vacinação apresentado por Pazuello começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China. Outros dois milhões de doses do imunizante de Oxford, produzidas na Índia, já deveriam ter chegado. Mas, depois de dois adiamentos, o governo desistiu de fixar nova data para receber o produto.
Desgaste nas relações diplomáticas
Com o chanceler Ernesto Araújo desprestigiado nos contatos com o governo chinês por conta de episódios que provocaram mal-estar na relação com o país, outros ministros, como Tereza Cristina (Agricultura) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), também entraram em campo para articular com o governo chinês uma saída para a crise. Segundo apurou o Valor, Tereza Cristina está em contato direto com Yang.
Com informações da revista Veja e Valor