A Bienal de Arquitetura de Chicago anunciou a lista de seus colaboradores para a edição do ano de 2021, intitulada The Available City, em português, A Cidade Disponível, conceito relacionado ao de “Cidades Criativas”. A lista com 29 nomes, selecionada pelo Diretor de Arte David Brown, traz perspectivas globais de cidades como Cape Town, Caracas, Chicago, Copenhagen, Dublin, Paris, Basileia e Tóquio e foi anunciada nesta segunda-feira (10).
Com inauguração programada para 17 de setembro de 2021, a bienal procura, reunindo inovações globais, explorar diferentes formas de espaços coletivos compartilhados e pensar novos usos para os espaços vazios da cidade. A quarta edição se propõe a possibilitar a ativação de espaços expandindo o acesso à arquitetura e design.
Segundo a prefeita de Chicago, Lori E. Lightfoot, os colaboradores da Bienal de Arquitetura são um “grupo diversificado e criativo”. Para a prefeita, o grupo irá trazer novas abordagens de outras cidades globais para serem compartilhadas com as “histórias e experiências do sul e oeste da cidade de Chicago, buscando criar espaços coletivos prósperos para as nossas comunidades desfrutarem”, completa.
Instalações, ativações, exibições, projetos e programas serão compartilhados com o público em Chicago em bairros e também em plataformas digitais. As equipes também irão colaborar com grupos comunitários, trabalhando para a ativação de espaços como jardins comunitários, escolas desativadas e terrenos baldios.
“A edição de 2021 nos pede para imaginar as possibilidades transformadoras desses vazios em espaços coletivos, por meio de um processo de troca e colaboração entre arquitetos e moradores. Estou ansioso para as conversas introduzidas pelos colaboradores de 2021, dadas suas perspectivas e conexões globais.”
David Brown
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Brasília debate fomento ao turismo
Brasília, “Cidade Criativa” titulada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2017, traz para o Brasil o debate sobre o uso da cidade em debate sobre o fomento ao turismo. Em ação governamental, a Secretaria de Turismo (Setur) do Distrito Federal reuniu-se no dia 3 de maio com a doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB) Fernanda Bocorny Messias, especialista em execução e articulação de projetos.
Fernanda foi selecionada a partir de uma parceria entre GDF e Unesco para fomentar o turismo na capital federal. O encontro teve o objetivo de discutir estratégias de uso dos espaços da cidade para consolidar Brasília como integrante da Rede de Cidades Criativas.
A ação ganha destaque em um momento crítico para o turismo. A pandemia da Covid-19 afetou diretamente o setor. Dados da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) mostram que as vendas caíram mais de 50% em relação aos R$ 19 bilhões apurados em 2019. A perda de empregos no setor é estimada em 1 milhão de vagas – incluindo funcionários diretos e indiretos e prejuízo relacionado ao setor de turismo em 2020 chegou a R$ 261 bilhões, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Autorreforma e a importância das Cidades Criativas
A Autorreforma do PSB defende que o direito à cidade precisa ser traduzido em um planejamento que conduza a uma “reforma urbana criativa, sustentável e igualitária, na era do conhecimento”. Para os socialistas, as cidades devem privilegiar o coletivo e a colaboração ao invés da lógica da competição exacerbada.
“A Cidade Criativa – sem prejuízo da saudável competitividade com outras cidades – privilegia a cultura da colaboração em lugar da competição selvagem, do consumo responsável, em lugar do consumismo exacerbado, da valorização da estética e da ética urbanísticas coletivas, no lugar do lucro. E tem, no caso do Brasil, um compromisso essencial com a redução da desigualdade em quase todas as cidades brasileiras.”
Autorreforma do PSB
Segundo o projeto do PSB, o primeiro desafio é enfrentar a desigualdade social. Uma cidade criativa precisa ser capaz de buscar, através da inovação, da criatividade e do talento, as soluções para sua prosperidade econômica, a sua coesão social e o bem-estar dos seus cidadãos, partindo dos elementos da Economia Criativa: cultura, tecnologia, inovação, design, arquitetura, urbanismo, artesanato, patrimônio histórico, publicidade, moda, gastronomia e turismo.
Com informações de ArchDaily e Metrópoles