
Em 6 dias, milhões de brasileiras e brasileiros irão as urnas eletrônicas e elegerão o próximo presidente da República. E por mais que comida na mesa, emprego, valorização dos salários, distribuição de renda, crescimento econômico e inclusão educacional sejam algumas marcas dos governos de Lula (PT), ainda existem aqueles que insistem em votar em Jair Bolsonaro (PL) ou acreditar em uma “terceira via” sem chances reais de ocupar o Palácio do Planalto.
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Durante o período eleitoral, as buscas por: “por que Lula foi o melhor presidente do Brasil?” dispararam e revelam um interesse do eleitor brasileiro em saber como o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) conduzirão uma provável gestão.
Com o compromisso de relembrar você da gestão e avanços durante o governo, o Socialismo Criativo listou 5 razões para votar em Lula e Alckmin logo no primeiro turno. Confira:
1) Maior inclusão social da história
Por meio de políticas de distribuição de renda, do estímulo ao crédito, do aumento real do salário mínimo, da criação de empregos e também da ampliação do acesso à educação, Lula promoveu algo inédito na história do Brasil: crescimento econômico com inclusão social.
A disparidade na distribuição de renda no país caiu de forma ininterrupta entre 2002 e 2015, voltando a crescer a partir de 2016 — não por coincidência, ano do golpe contra Dilma Rousseff. O índice de Gini, que mede o nível de desigualdade social, recuou de 0,583 para 0,547 no Brasil entre 2002 e 2017. Quanto mais perto de 1, mais desigual é um país.
Um dos principais responsáveis pela diminuição da miséria do país foi o Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do mundo, utilizado como modelo para programas em mais de 15 países. Para cada R$1 investido no programa, R$ 1,78 voltava à economia mundial.
2) Maior crescimento econômico na história recente do país
Quando Lula assumiu, éramos a 13ª economia do mundo, Lula não só alçou o Brasil ao sétimo lugar no ranking como pagou a dívida contraída por FHC com o Fundo Monetário Internacional, livrando o país das exigências do FMI. Em 2009, pela primeira vez na história, o Brasil emprestou dinheiro ao Fundo: US$ 10 bilhões para ajudar países emergentes em meio à crise internacional.
Em 2012, novo empréstimo de US$ 10 bilhões, agora para a zona do euro — com uma exigência: participação mais efetiva dos países em desenvolvimento nas decisões do Fundo.
O petista conseguiu conduzir o Brasil pela crise econômica global de 2008, lançando mão de políticas econômicas anticíclicas para manter a economia aquecida, colocando o pobre no centro do orçamento, com fortalecimento dos bancos públicos para expansão do crédito, ampliação do financiamento ao setor exportador e estímulo ao mercado interno.
Em 2010, o ex-presidente promoveu a maior capitalização de toda a história mundial: a capitalização da Petrobras promoveu uma injeção de R$ 120 bilhões de reais levantados com a emissão de mais de 4 bilhões de ações, buscando no mercado parte do recurso necessário para a exploração do Pré-Sal, maio reserva de petróleo em águas profundas descoberta no século.
No mesmo ano, Em 2010, Lula terminou seu segundo mandato em um Brasil com crescimento econômico recorde de 7,5%
3) Ascensão de milhões de pessoas à classe média
Entre 2003 e 2010, 32 milhões de brasileiros saíram da pobreza e entraram na classe média. No ano de 2008, pela primeira vez, a maior parte da população pertencia à classe C, graças à diminuição das classes D e E.
Em 2002, 44% da população pertencia à classe C — composta por pessoas com renda familiar mensal de 2,5 a 11 salários mínimos. Oito anos depois, ela correspondia a 52% dos brasileiros, enquanto a classe E encolhia de 30,5% para 18,5%. No topo da pirâmide, as classes A e B passaram de 13% para 15,5%.
4) Criação de empregos e aumento do salário mínimo
De 2003 a 2010, foram criados 14.725.039 empregos, mais do que a soma dos governos Sarney, Collor e Itamar juntos. Nos 15 anos anteriores, essa soma é de apenas 10,4 milhões. Quando deixou a presidência, em 2010, a taxa de desemprego no Brasil era de 6,7%, a menor em 8 anos.
Entre 2003 e 2015, foram criados 20 milhões de empregos formais, com carteira assinada e direitos trabalhistas. Lula também foi responsável pela política de valorização do salário mínimo.
Lula também foi o presidente que concedeu maior aumento de salário mínimo na história do Brasil, desde sua criação , em 1 de maio de 1940. O ganho real, acima da inflação, do salário mínimo, entre 2003 e 2010, foi de 53,6%. Entre 2002 e 2015, o aumento real foi de 76,54%.
A política de valorização do salário mínimo, um dos pilares da inclusão social do período — que se tornaria modelo para o mundo —, foi uma das principais responsáveis por manter a economia aquecida durante a crise econômica internacional de 2008.
4) Investimentos em Educação
Programas como o Prouni, o Reuni e a reformulação do Fies permitiram que o número de estudantes universitários mais do que dobrasse, aumentando 4,5 milhões de vagas e chegando a mais de 8 milhões de universitários em 2015.
Sob os governos do PT, o número de matrículas universitárias aumentou 130%. Em 2002, eram 3,4 milhões de vagas, enquanto em 2015 o Brasil contava com 8,02 milhões de universitários. Os governos do PT foram responsáveis pela criação de 18 novas universidades federais e 184 novos campi universitários federais ao redor do Brasil.
Em relação ao ensino técnico, os governos de Lula e Dilma foram capazes de fazer em 13 anos o que os governos anteriores não fizeram em um século: entre 1909 e 2002, foram construídas 140 escolas técnicas. Entre 2003 e 2016, foram entregues à população 500 escolas técnicas federais.
5) Destaque para o Meio Ambiente e combate ao desmatamento
Em 2010, o desmatamento na Amazônia atingiu a menor taxa desde 1977, com redução de 80%. Em 2004, o governo Lula implantou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).
Em 2008, Lula criou o Fundo Amazônia, uma iniciativa pioneira para arrecadar recursos financeiros, junto aos países desenvolvidos, que seriam destinados a manter de pé a maior floreste tropical do mundo, ajudando assim a combater as mudanças climáticas. Até 2019, o fundo já havia recebido cerca de R$ 3,4 bilhões da Noruega, Alemanha e da Petrobras.
O programa se tornou o principal instrumento nacional para custeio de ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de promover a conservação e o uso sustentável do bioma amazônico
Em 2009, o Brasil apresentou a proposta mais ousada entre os países na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15): reduzir de 26,1% a 38,98% a emissão de gases do efeito estufa (principalmente advindos do desmatamento da Amazônia) até 2020. Reafirmando sua liderança na questão climática, o Brasil visava induzir os países desenvolvidos não-signatários do protocolo de Kyoto a assumir a meta de 40% de redução da emissão de gás carbônico.
6) Ajudou a tirar o Brasil do Mapa da Fome
Em 2003, Lula assumiu o compromisso de garantir que todos os brasileiros e brasileiras fizessem ao menos 3 refeições diárias. A consequência disso foi que o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU pela primeira vez em 2014 graças a um conjunto de ações e políticas afirmativas e de distribuição de renda, como o Bolsa Família, que permitiram que os brasileiros pudessem se alimentar e viver com dignidade.
7) Elevou o Brasil a um protagonismo internacional inédito
Seu governo fortaleceu o Mercosul, criou a Unasul, o Conselho de Defesa da América do Sul e, em seguida, da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe, além de aumentar os postos de representações diplomáticas em pontos importantes, inclusive no Oriente Médio. O governo Lula estabeleceu o IBAS com Índia e África do Sul e os BRICS, incluindo Rússia e China, além de fortalecer as relações com a União Europeia e conquistar posição de respeito em decisões importantes na ONU e no G20.