
Após meses de negociações, o Ministério da Saúde decidiu fechar contrato para a compra de “todas as vacinas disponíveis” da Pfizer/BioNTech e da Janssen-Cilag — braço farmacêutico do laboratório Johnson & Johnson. Segundo auxiliares, a pasta de Eduardo Pazuello pediu nesta quarta-feira (3) que haja celeridade no contrato para compra de doses contra a Covid-19.
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A decisão ocorre após aprovação de um projeto de lei no Congresso que objetivava destravar a compra dos dois imunizantes. A previsão de fechar o acordo também foi apresentada a representantes da Confederação Nacional dos Municípios, que participam de reunião com o ministro.
Nesta quarta (3), o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, anunciou que a prefeitura estava negociando a compra das duas vacinas contra a Covid-19, fora do Programa Nacional de Imunizações.
“Temos uma primeira reunião com a Janssen nesta tarde. Com a Pfizer, já tivemos dois contatos e esperamos retorno. Estamos tentando ver todas as possibilidades para avançar para uma futura compra”, afirmou o secretário à Folha.
Pazuello disse a auxiliares que a expectativa é que o contrato com a Pfizer seja fechado ainda nesta quarta-feira. Ainda não há previsão sobre o contrato com a Janssen.
Enrolação com as vacinas
A pasta negocia 100 milhões de doses da Pfizer. O cronograma previa a entrega de 9 milhões até junho, e o restante até o fim deste ano. Nos últimos meses, no entanto, o governo vinha fazendo críticas a empresa, alegando que cláusulas impediam de fechar o contrato.
A principal crítica era em relação a uma cláusula que previa isenção de responsabilidade da empresa em caso de eventos adversos da vacina — o que, segundo especialistas, trata-se de uma cláusula já usada em outros países.
Além disso, a cláusula que isentava a AstraZeneca de responsabilidade por eventuais eventos adversos e danos relativos à vacina de Oxford não impediu que governo fechasse contrato com a empresa ainda em 2020 por meio da Fiocruz.
Com informações do G1 e Folha de S. Paulo