O governo da cidade de Oslo, capital da Noruega, decidiu cancelar o desfile oficial da Parada do Orgulho LGBTQIA+, que seria realizada neste sábado (25), após ataque a um bar gay na cidade.
Ao menos duas pessoas morreram e vinte ficaram feridas depois que um homem armado atacou o estabelecimento. Oito feridos foram levados ao hospital, três deles em estado grave. Outras 14 vítimas sofreram ferimentos leves.
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Depois do ocorrido, a parada foi cancelada por recomendações da polícia norueguesa. Em comunicado no Facebook, os organizadores do evento pediram que as pessoas não fossem às ruas e disseram que todos os atos do evento foram cancelados.
“Seguiremos as recomendações da polícia e cuidaremos uns dos outros. Pensamentos calorosos e amor vão para os parentes, feridos e outros afetados”, disse a organizadora do evento em Oslo, Inger Kristin Haugsevje.
“Em breve estaremos orgulhosos e visíveis novamente, mas hoje vamos realizar e compartilhar as comemorações do orgulho em casa”, pediu.
O presidente do Parlamento norueguês, Masud Gharahkhani, também expressou pesar pelo ocorrido. “Eu também vejo repetidas vezes que tipo de comentários odiosos abundam nas mídias sociais quando marcamos a diversidade queer. É triste e inaceitável.”
Linha de investigação considera ato de terrorismo
A polícia local informou que realiza a investigação do ataque, que está sendo classificado como um ato de terrorismo. O bar, chamado London Pub, é o maior ponto de encontro da comunidade LGBTQIA+ da capital norueguesa.
Por volta da 1h14 (horário local) a polícia começou a receber ligações com informações sobre o tiroteio. O suspeito foi preso três minutos após a chegada das autoridades.
Trata-se de um cidadão norueguês, que tem origem no Irã e já era conhecido pelas autoridades policiais por condenações menores, de acordo com o promotor Christian Hatlo.
O Serviço de Segurança da Polícia Norueguesa (PST) publicou no Twitter informações sobre o tiroteiro em Oslo.
“Agora estamos contribuindo com todas as informações relevantes que temos para o distrito policial de Oslo e estamos trabalhando para esclarecer se mais atos de violência podem ser planejados. No momento, não temos nenhuma indicação disso”, disse o PST.
O promotor Christian Hatlo disse que a polícia acusou o suspeito de “assassinato, tentativa de homicídio e atos terroristas”. E afirmou que a acusação de terrorismo foi justificada pelo número de pessoas feridas e mortas. Além de uma “avaliação geral” que indicava uma pretensão do acusado de criar “sério medo na população”.
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As informações são de que o homem portava duas armas e quando a polícia chegou “a cena era caótica” com feridos no chão dentro e fora do bar.
Em comunicado no Facebook, o London Pub condenou o ocorrido como algo “absolutamente terrível e puro mal” e disse que todos os funcionários estavam seguros e expressou condolências às vítimas e suas famílias.