O governo socialista de João Azevêdo (PSB), na Paraíba, inaugurou a primeira Casa de Acolhida LGBTQIAP+ para atender à população em situação de rua, abandono familiar e em situação de violência no Estado.
O espaço é o primeiro implantado como serviço essencial e de alta complexidade, coordenado pela Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana.
A Casa de Acolhida tem capacidade de atender provisoriamente até 25 pessoas durante um período de até 120 dias. Os casos serão encaminhados após atendimento nos Centros de Referências dos Direitos de LGBTQIAP+ e Enfrentamento à LGBTQAIP+fobia de João Pessoa e Campina Grande.
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O espaço, que funciona 24h, contará com profissionais de enfermagem, psicologia, serviço social, pedagogia, assessoria jurídica e educação social. O atendimento das demandas das pessoas LGBTQIAP+ é interdisciplinar e integral e inclui o trabalho articulado de diversos equipamentos estaduais, de acordo com a necessidade de cada pessoa.
Na ocasião, o socialista ressaltou que a Casa de Acolhida Cris Nagô é um local de inclusão, representatividade e cidadania. O nome escolhido faz uma homenagem à professora capoeirista paraibana Cristiane Soares, assassinada em 1º de fevereiro de 2020. Cris Nagô era lésbica e se destacou numa atividade majoritariamente ocupada por homens ainda na década de 90, período cuja presença feminina nas rodas de capoeira era ínfima, tornando-se então um exemplo para inúmeras outras mulheres.
“Esse ambiente que estamos disponibilizando irá oferecer proteção e cuidado a quem precisa do atendimento. A Casa é a primeira do país custeada com recursos públicos, dentro da nossa política pública inclusiva, que tem a capacidade de olhar para todos os segmentos a partir de ações intersetoriais do governo”, frisou.